sexta-feira, 13 de março de 2009

Qual é o seu dom? Como descobrir minha missão pessoal?



Muitos escritores e consultores de carreira dizem: descubra o seu dom! Ache a sua missão de vida! Mas, convenhamos... se fosse fácil, só falando, todo mundo estava numa boa, desempenhando sua missão como Luther King desempenhou a dele, ou Ronaldinho tenta continuar a sua, ou ainda Betinho, irmão de Henfil, trilhou a própria estrada. Não sei porque citei estes três nomes. Poderia falar de tantos outros, que para mim, cada um com suas características e na sua área específica, representam o brilho de divino que surge quando fazemos o que de nós é esperado fazer.
Quem espera? Não sei... parece que existe “algo” que nos impele rumo a fazermos mais do que até nós mesmos acreditamos, a ir além das nossas forças físicas, condições intelectuais e até emocionais. Por este “algo”, desafiamos o nosso medo de falar com pessoas, em dar nossa cara para bater, em fazer algo que nem sabemos se estamos prontos para desempenhar. Fazemos isso porque este “algo” é maior que nós. E para que este “algo” surja, é necessário nos colocarmos a serviço. E investigarmos dentro de nós, e não fora. A força e o caminho estão em nós, e fluem de nós. O consultor norte-americano Brian Souza explica que “às vezes, é difícil ver a verdade sobre nós mesmos e mais difícil ainda reconhecê-la... A resposta só pode vir após cuidadosa observação e escuta das palavras e dos atos, de modo que possamos aprender quem somos e com o que realmente nos importamos”.
A mente intuitiva fornece as respostas. A mente racional fornece as perguntas
Queremos saber o que viemos fazer neste bendito planeta. Pelo menos, eu sempre quis. E engraçado é que, ao ver tantos exemplos de pessoas grandiosas, fiquei buscando nos exemplos deles algo que se encaixasse em mim. Que tal ser igual a Jesus Cristo? Não, é muita areia pro meu caminhãozinho... E então, Francisco de Assis? Ou Bill Gates? Pelé? Ora bolas... é interessante como somos ensinados a olhar para o sucesso dos outros, as benfeitorias dos outros, as qualidades dos outros, e não para nós. O nosso dom está em nós. E possui peculiaridades que só encaixam no nosso trabalho. Da mesma forma que as pernas tortas se encaixavam no jeito de jogar do Garrincha, quem sabe a minha timidez não se encaixe no meu estilo de orador? Do mesmo jeito que a paralisia facial e o corpo malhado do Stallone se encaixou no papel de Rocky, quem sabe o meu jeito japonês e a imagem que o pessoal tem disso não se encaixe perfeitamente no papel do consultor e terapeuta?
Quem somos, e com o que realmente nos importamos? pergunta Brian Souza. A mente racional, analítica, foi feita para isso: para perguntar. Mas ela não fornece respostas, somente dúvidas. Ela irá ver o sucesso de Roberto Justus e questionará a competência dele, comparará ele a si mesma e julgará, geralmente algo do tipo: não chegarei onde ele chegou. E nem quero, viu! Já que a mente racional fornece dúvidas, por que não utilizar esta competência inata? Faça perguntas a si, mas perguntas construtivas, do tipo:
- que talento possuo?
- o que sei fazer bem?
- o que me diverte e relaxa?
- como usar os talentos, as habilidades e as coisas que me divertem no meu trabalho?
- o que mais preciso desenvolver?
- com quais pessoas devo me unir?
E espere a intuição responder. Não queira responder com a cabeça. Veja se concorda com esta frase: “o grande problema é que vivemos em uma sociedade onde impera a cultura da razão, cujo valor máximo é a mente cerebral e controladora, em detrimento das emoções e da intuição. Sob a ditadura do raciocínio, fica mesmo difícil, senão impossível, estabelecer uma conexão com a divindade interna, o que faz com que as pessoas vivam desconectadas de si próprias, incapazes de se ligarem em sua intuição”. Bem, apesar de poder parecer que esta frase é de um guru espiritualista, ou um religioso, ela vem de
Nuno Cobra, um dos mais famosos coaches de esportistas vitoriosos, como Senna, Hakkinen, Gil de Ferran, empresários, executivos...

O dom e a missão podem ser percebidos


Quando você pergunta a si mesmo sobre sua missão, e silencia a mente lógica, consciente, percebe sensações. Muitas vezes são sensações emocionais, que ainda não é intuição. Qualquer tipo de excitação ou depressão, medo ou alegria, êxtase ou raiva, são somente emoções. A missão simplesmente surge, talvez com um papel não muito definido, mas com uma convicção tão plena, que sua razão ou sua emoção não pode negá-la. Ela está além da mente. É como se possuíssemos um plano a ser cumprido, uma espécie de projeto, antes de nascermos. E é possível que tenhamos este plano. Quando andamos em direção à concretização dele, sentimo-nos bem e realizados. Quando nos afastamos e entramos em nossas neuras do dia-a-dia, sentimo-nos mal e estressados... Pode ser que esse plano seja uma somatória de informações que herdamos dos nossos ancestrais, geneticamente. Ou quem sabe seja algo além? Tanto faz... Para vê-lo, é importante soltar as crenças da cabeça. É necessário deixar as emoções de lado, por um instante. E buscar, através de perguntas corretas. E então... meditar. Ou fazer caminhadas.
Bike? Ou ainda, ioga. Quem sabe uma constelação sistêmica? Mergulho. Qualquer coisa que faça você voltar a si mesmo, e encontrar-se não com emoções químicas provocadas pelo seu cérebro, mas com uma chama maior que arde em si, e está pronta para ser vista.

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quinta-feira, 5 de março de 2009

Brasileiros fogem do exterior e da crise. Verdade?


Esta notícia saiu no Diário de Pernambuco. E foi baseada em reportagem do ótimo site parceiro Brasileiros nos Estados Unidos. Engraçado que, ao ler a reportagem, você não vê estatísticas. Quando fiz marketing, na facu, lembro o saco que era organizar uma pesquisa com um mínimo de confiabilidade, e até entendo que um jornal não vá a campo confirmar nos números aquilo que eles afirmam nas manchetes. Resultado: eles manipulam a mente dos leitores, com informações sem nexo.

Vamos aos fatos?

“Margaret, uma gaúcha de 35 anos que mora em Frankfurt desde o início de 2008 e pediu para ter o sobrenome preservado, conta que teve um amigo que voltou para o Brasil terça-feira passada. "Ele trabalhava para uma empresa aqui e, assim que voltou de férias, foi informado que teria que voltar para o Brasil por causa da crise. Ele ocupava um cargo alto e acredito que deram preferência para os alemães", diz. De acordo com a OIM, a Alemanha é o país europeu com maior número de imigrantes. A maioria de origem turca, que começou a chegar ao país nos anos 50 para ajudar na reconstrução após a Segunda Guerra Mundial.”

Ótimo,não? Com base em uma entrevista na Alemanha e uma informação que não tem nada a ver – a quantidade de turcos em solo germânico, passa a idéia de que estão acabando os empregos para brasileiros.

Outra entrevista: “Andréa Tom, estilista de 27 anos, voltou para o Recife há duas semanas. Estava estudando em Londres desde setembro. Voltou porque quis. E por causa do frio, conta. Mas trouxe na mala notícias não muito boas de lá. Na capital inglesa, Andréa morou em uma casa com mais três brasileiros que trabalhavam em hotéis (um pernambucano, um baiano e um mineiro). "Depois do réveillon, começaram a antecipar as férias do pessoal. Eles falaram que, em quatro anos, nunca tinham passado por isso. Estavam até querendo ir pra Dubai", conta. Deve ficar ainda pior. A taxa de desemprego no Reino Unido está na casa dos 6%, a mais alta da última década.”

Bem, temos aí um dado relevante: deve ficar pior! Pode? E outra informação altamente digna de crédito: “eles falaram que, em quatro anos, nunca tinham passado por isso”...

Ora, tenha santa paciência! Eu trabalhei no Japão no começo dos anos 90, quando já diziam da crise com o estouro da “bolha” de consumo. As montadoras vendiam menos, os consumidores poupavam e compravam menos. Sim, havia desemprego, Mas havia emprego também. Se você olha um gráfico, e vê uma curva de crescimento em nível 8, e depois esta curva cai para nível 3, será que é crise? Querido amigo brasuka, o que estou querendo dizer aqui não é brigar com as notícias. Só quero alertá-lo para que, seja lá o que você quer fazer da vida, faça. Crises, altos e baixos, dia e noite, sol e chuva são parte da natureza. Mas a mídia sabe muito bem manipular a inteligência emocional das pessoas, incutindo medo... porque isso dá ibope, e o medo é um elemento que corta a capacidade de raciocínio do homem. Logo, ele compra sem pensar...

Se você for paciente, poderá, por outro lado, achar notícias e coisas que lhe aumentam a auto-estima. E cá entre nós, caso queira realmente ser um sucesso na sua vida, pode esquecer a mídia comum. Empreender o seu destino significa tornar-se alienado (como já fui chamado) e tapar o ouvido... Quer uma dica: leia este post super-simpático para conosco, brasukas, que a parceira Brasil na Itália publicou, a partir da Revista italiana GQ... Que tal orgulhar-se de ser brasileiro? E não só orgulhar-se, mas mostrar que brasileiro dá certo?


Alex Possato é consultor de marketing pessoal e diretor do Nokomando-soluções sistêmicas


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* Sobre 12 dicas para gerenciamento do tempo - viver o presente, de forma simples e produtiva


Hora, bolas! Não me venha dizer que você não tem tempo! Tem sim! 24 horas! Como eu, o Abílio Diniz ou o Zezinho da esquina. E o tempo ai no exterior é igual ao tempo do Brasil... É ou não é? Sem brincadeira, sei que o tempo de alguém que está empreendendo a própria vida, geralmente parece escasso. Por que, geralmente? Como dizia o velho Einstein, tempo é relativo. 24 horas são 24 horas, claro, mas o que é relativo é a percepção do que você faz com estas horas e como você utiliza seu tempo. Não é possível economizar tempo, mas é possível economizar atividades. Portanto, o importante não é gerenciar o tempo, mas gerenciar a si mesmo. E a regra número 1 para você gerenciar a si mesmo, de forma confortável, sem estresse ou ansiedade é: seja simples! Sim, seja simples, o mais simples possível. E como se faz isso? Em primeiro lugar, assuma que toda a mudança que você quer da sua vida, depende única e exclusivamente de si. E agora, vamos às dicas? Muitas delas que você aprende na prática, nas vivências de constelação sistêmica, e outras, no dia-a-dia:

1 – corte aquilo que não é importante. O que é importante? Aquilo que faz você ganhar habilidades novas, conhecimentos novos, contatos relevantes novos, prazer (observe se o prazer não é fuga, pois o trabalho corretamente desempenhado, é também prazer);
2 – não tome para você a responsabilidade do outro. Carregue somente a sua “malinha”;
3 – delegue tudo o que for possível. Peça aos filhos, marido, parentes, amigos e, claro, aos funcionários, que são pagos para isso;
4 – não faça nada pelos outros. Mas nada? Nada! A não ser que você já saiba se organizar minimamente;
5 – divida o dia ou semana para: trabalho, relacionamento e networking, família, lazer, descanso, atividade física, equilíbrio emocional, estudo, cultura, e mais tudo o que você realmente acha importante para a sua vida. Dê o tempo suficiente a cada uma das atividades e respeite suas decisões;
6 – não se culpe pelos desvios e falhas no percorrer do caminho. Comece de novo. E de novo. E de novo;
7 – escreva tudo o que você tem para fazer, e coloque-as em ordem de prioridade. Você pode usar escalas, como “urgente”, “importante”, “circunstancial” ou crie as suas próprias referências. Por exemplo: fáceis, difíceis, mais ou menos; ou azul, amarelo ou vermelho; ou atividade de raciocínio, atividade intuitiva, atividade de ação;
8 – seja imperfeito. Veja a vida imperfeita. Celebre a imperfeição. É melhor ser imperfeitamente eficiente que perfeitamente cri-cri e travado;
9 – trace objetivos, mas não guie-se pelas metas finais. Elas acontecem sozinhas. Guie-se pelo passo seguinte. Lembre da sabedoria chinesa: uma longa jornada se inicia com um passo;
10 – observe o que há por detrás de cada atividade que você faz. Pergunte-se: o que eu ganho quando faço isso? Dinheiro? Sabedoria? Contatos? Calma? Prazer? Dor de cabeça? Irritação? Cobrança? E perceba se este ganho é importante ou não, e se essa atividade tem sentido real para si ou não.
11 – Viva presente. O único tempo que existe é o agora. Amanhã pode ser tarde demais. Perceba-se a cada instante. Veja você e o que há em volta de você, sem julgar se é bom ou ruim. O tempo não passa. O tempo se vive.
12 – Pegue um tempo diário para meditação ou ioga. Aprenda a perceber seus pensamentos e emoções e a dominá-los, afinal, o significado do tempo está “em sua cabeça”. Este significado deve ser suave, produtivo e equilibrado, para que qualquer planejamento de tempo tenha efeito. Torne-se aliado do tempo, de tal forma que chegará o momento em que você não mais perceberá a existência dele.

Alex Possato é consultor de marketing pessoal e planejamento para profissionais autônomo, e é diretor do Nokomando-soluções sistêmicas