quarta-feira, 10 de junho de 2009

Inteligência emocional x imagem pessoal e aparência

Esta questão é muito interessante. Todos os nossos órgãos sensoriais estão voltados para fora, por isso, acabamos julgando os outros pela aparência que eles têm, e não exatamente pelo o que são. E o pior: por acreditar nisso, acabamos também assumindo uma aparência muitas vezes diferente de quem realmente somos, porque queremos ser aceitos pelo grupo que pertencemos. Vestimos para agradar os outros, e não para ter prazer e assumirmos quem realmente somos. A inteligência emocional exige um olhar atento para quem somos. E isso implica, muitas vezes, em não andarmos “uniformizados”, com a cara do grupo que pertencemos. Até porque, se queremos ser aceitos (e todos queremos, de certa forma), o que adianta eu andar como todo mundo? Não serei notado. O máximo que acontece é não causar espanto. Serei alguém de pijama listrado no meio de um monte de zebras.

Eu considero a roupa e a aparência um dos mais divertidos testes que podemos fazer, ao nosso modo, para trabalhar a questão da inteligência emocional. Mudar a cor do cabelo, o tipo de roupa, colocar um acessório que nunca usaria… tudo isso provoca emoções. E como lidamos com as nossas emoções? Isso é inteligência emocional. Lembro-me que fui atender um cliente, um vereador de São Paulo, filho de um ex-governador de São Paulo, na Câmara Municipal. Eu estava de sandália de couro, e todos de terno ou roupa social. Ouvi o assessor sussurrar que eu era hippie. Achei engraçado, porque não sou. Atendi o cliente, trabalhamos juntos muitos anos… Fui aceito, do jeito que sou, com minha sandália de couro e tudo… O ponto principal é saber que quem tem que aceitar alguém é a própria pessoa, que aceita a si mesmo. Não é vestir-se para fazer parte do grupo, mas vestir-se para estar bem consigo. E assumir quem você é.

Lógico que cada um tem o seu próprio senso de estética e também do quanto agüenta se provocar. O objetivo não é provocar “os outros”, mas permitir-se a si mesmo. Vou deixar algumas dicas para se trabalhar a inteligência emocional através da mudança na aparência:

1 – investigue-se se você tem uma aparência que gostaria de ter, ou se busca somente se adequar aos outros?

2 – veja quem são seus ídolos, famosos ou não. Quem são as pessoas que admira? Como eles se comportam? Como eles se vestem? O que você vê de bom neles, que quer despertar em si também?

3 – ouse. Busque mudar um acessório. Usar cores que nunca usaria. Estilos diferentes. Cortar o cabelo de diversas formas. Mudar a cor deles. E perceba o que isso causa em você.

4 – perceba seus limites. Dê um passo de cada vez, do seu jeito. Você verá que a pessoa mais importante nesta história é você mesmo. Respeite-se profundamente.

5 – perceba o que você ganha em ser você mesmo. A alegria que é permitir-se fazer o bem para si, vestir de formas mais adequadas a si, comportar-se sem máscaras e saber dominar as próprias emoções que isso pode provocar. Leve isso como brincadeira, diversão… porque trabalhar a aparência não passa disso. É uma grande brincadeira, mas que pode provocar grandes insights.

alex_sindicato2Alex Possato é autor de CDs sobre imagem pessoal e inteligência emocional, escritor, palestrante e diretor do nokomando-desenvolvimento humano. Clique aqui e saiba mais

Dinâmica de consciência corporal, realizada no Grupo de Estudo e Trabalho

Dinâmica de consciência corporal, realizada no Grupo de Estudo e Trabalho

Oficina de Trabalho e Estudo em 12 encontros “Sendo quem você é – com constelação sistêmica”

- trabalhando a inteligência emocional – suas emoções para aceitar a si do jeito que você é, passar por todos os obstáculos que a vida oferece, e ainda se divertir, vivendo presente e em equilíbrio. Clique aqui e saiba mais.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vampiros emocionais - alho neles!


Sei que você que mora aí no exterior, principalmente na Transilvânia, já deve ter deparado com eles. Dentuços, sedutores, olhar agudo... Mas eles também estão em outros países, afinal... a globalização está aí... Com certeza, é importante saber se prevenir deles... então, vamos ao texto?

Vampiros emocionais. A primeira vez que eu ouvi este termo, torci o nariz. Naquela época, eu tinha plena certeza de que nada, absolutamente nada pode afetar o ser humano focado no seu próprio potencial, na sua própria luminosidade, que é infinita e está conosco o tempo todo, amparando-nos quer tenhamos consciência ou não.
- Báh! Quanta negatividade! Pensar em vampiro emocional é tirar o foco das próprias qualidades e ainda culpar o outro pelo nosso fracasso. Que desperdício de neurônios! Pensei.
Hoje, tendo absorvido o conhecimento taoísta, aprendi a falar uma palavra que acho mágica: depende!
- Existem vampiros emocionais?
- Depende…
- O ser humano é potencialmente ilimitado?
- Sim! Mas se ele consegue tomar posse desta potencialidade… depende.
- Alguém pode passar a rasteira e nos derrubar?
- Sim, mas este alguém não é exclusivamente culpado…
- Eu, então sou culpado?
- Não exatamente. Depende…
- Depende de quê, homem de Deus?
- Depende do ponto de vista.
É interessante. Por mais que a mente racional queira definir alguém como bom ou ruim, tudo depende. Depende do ponto de vista, depende de quem está observando, depende do momento observado, da situação e das emoções envolvidas. Em todas as situações da vida existem dois ou mais aspectos que podem ser considerados bons e ruins ao mesmo tempo! Quer ver?
Eu tenho um sócio terrivelmente seco e mal humorado. Isto é bom ou ruim? Depende. Se eu não estou bem, o mal humor dele pode me deixar mais “down”. Isto é ruim? Depende. Se eu perceber que isto pode acontecer, posso neutralizar meus sentimentos em relação ao sócio, e me torno mais forte. E isto é bom? Depende. Se eu neutralizar muito fortemente, posso não perceber que o sócio está precisando de um apoio, e não estendo a mão. Isto é ruim? Depende…
Este sócio pode ser uma espécie de vampiro. Mas é também uma espécie de mestre, sem dúvida.

O que fazer com os vampiros?

Vamos entender uma coisa: se alguém está nos vampirizando, tirando nossa energia, bom humor, deixando-nos fracos – e isso realmente ocorre, tem um outro lado. Qual lado? Existe alguém oferecendo o pescoço. É verdade! Se existem vampiros, existem pescoços! E outra coisa: em algum momento da vida, somos vampirizados, mas também somos vampiros.
Neste mundo, nos relacionamos com empregados, com pais, com os filhos, com os vizinhos, com o cunhado, com a sogra, e até com os personagens da novela e os artistas e famosos… É uma troca constante de palavras, de elogios, de xingamentos, de emoções afetuosas e raivosas… Olhar somente os vampiros é olhar um lado só da moeda. Então, o que fazer?
Minha opinião é: observe os vampiros! E observe a si mesmo! Veja qual é a brecha que eles utilizam para entrar no seu pescoço. Pode ser o pedido dócil. Pode ser a imposição. Pode ser a hierarquia. Pode ser o grau de parentesco. Pode ser a chantagem.
E não se iluda: é dentro de casa que se encontram as maiores relações vampirescas! Sugamos e deixamo-nos sugar! E isto não é maldade! Achamos que temos que agüentar as pessoas que nos sugam, porque alguma crença diz que “é isto mesmo”, “ofereça a outra face”, “respeite os mais velhos”, “olha como fala”, “não posso fazer nada para não perder ‘a boquinha’”, etc.
Não estou dizendo para pregar uma estaca de madeira no coração do vampiro, até porque ele pode ser seu irmão, ou quem sabe, o seu próprio pai! Não, não é isso! Alguém que suga o outro, é porque quer ser feliz e não sabe como. Acha que sugar irá trazer felicidade, mas isto não ocorre. A única maneira de equilibrarmos estas relações de vampirismo é “escondendo o pescoço”, ou seja, descobrindo quais são nossas fraquezas que estão propiciando o vampiro de dar uma mordidinha!
Por exemplo: Será que você fala muito sim? Será que você se derreta diante de um olhar meigo? Será que alguém falar de sofrimento o deixa sensível e aberto? Será que alguém, só pelo fato de ser seu chefe, ganha o direito de “montar em cima”? Será que alguém, só por ser um parente próximo, não pode ouvir um “sai fora!”?
Geralmente, quando a pessoa que está nos vampirizando é muito próxima, existe uma relação emocional profunda e difícil de ser quebrada com um simples “não! Deixe este corpo que não lhe pertence!”
O que fazer? Passei por uma situação dessas recentemente. Emocionalmente eu não estava preparado para olhar nos olhos da pessoa e simplesmente explicar que eu não toleraria mais a “vampirização”. Mas a primeira coisa que se deve fazer é assumir que você quer e deve ser feliz, e qualquer pessoa, qualquer pessoa!, que esteja atrapalhando o seu equilíbrio e bem-estar, deve ser afastado.
Fiz isso. Sem mágoa, sem raiva, mas firmemente proposto a ser feliz. E fiquei um tempo afastado da pessoa. Até que o próprio tempo esfriou as emoções, e eu pude explicar que esta relação era destrutiva para nós dois. E cortei as minhas “fraquezas” que propiciavam eu ser vampirizado. Havia cobranças mútuas: eu fiz isso, agora você me deve! Tem que fazer aquilo!
Eu disse: não! Temos relação como seres iguais, perfeitos, ambos merecedores de respeito. Se não é possível que a relação seja nesse nível, não existe relação. Isto é amor profundo! Amo tanto a minha integridade, que olho para você e vejo a sua integridade! Se você deixar de ver os outros como culpados e olhar para a sua própria essência, daí sim estaremos unidos, como sempre estivemos.
O sol estava surgindo, e uma estranha fumaça começou a sair do vampiro. Ele, mais que rapidamente, saiu voando pela janela, em busca do conforto do seu caixão. Na fantasia de vampiro, nunca mais voltou. Como um ser dócil e amoroso, que é a essência de todo ser humano, começou a buscar proximidade. Deixo as portas e janelas abertas.
Mas ao primeiro sinal de dente pontudo… Alho nele!!!

Alex Possato é diretor do Nokomando - soluções sistêmicas

Descubra como a constelação familiar sistêmica (em grupo ou individual, presencial ou online) afasta você dos “vampiros” e o aproxima de relacionamentos afetivos e familiares construtivos e prazerosos. Clique aqui e saiba mais

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Você sabe o que é uma constelação familiar sistêmica?

Constelação Familiar Sistêmica é um processo terapêutico e também de coaching, que trabalha com muita eficiência em dois pontos principais: desbloqueios emocionais e encontro de metas. Por este processo, é possível trabalhar em grupo ou individual, de forma presencial e também online.
Veja abaixo um video sobre o trabalho realizado pela alemã Theresa Spyra.
Mais informações, clique aqui!



Vamos planejar suas metas?


Olá, amigo que se encontra fora do Brasil. Aqui ou aí, tanto faz, é necessário saber o que você quer. E não apenas "sonhar", mas realmente, "fazer" o seu futuro. Abaixo deixo um link para você ouvir o meu novo podcast, que fala exatamente sobre isso: a diferença entre desejos, necessidade e vontade. Qual desses tem mais chance de se concretizar?

Abraços e até a próxima!


Alex Possato é diretor do Nokomando-desenvolvimento pessoal e profissional. Trabalha com consultoria e terapia individual e em grupo, online ou presencial, baseado em PNL - programação neurolinguística e constelação familiar e profissional sistêmica


Clique aqui e ouça o podcast

sexta-feira, 13 de março de 2009

Qual é o seu dom? Como descobrir minha missão pessoal?



Muitos escritores e consultores de carreira dizem: descubra o seu dom! Ache a sua missão de vida! Mas, convenhamos... se fosse fácil, só falando, todo mundo estava numa boa, desempenhando sua missão como Luther King desempenhou a dele, ou Ronaldinho tenta continuar a sua, ou ainda Betinho, irmão de Henfil, trilhou a própria estrada. Não sei porque citei estes três nomes. Poderia falar de tantos outros, que para mim, cada um com suas características e na sua área específica, representam o brilho de divino que surge quando fazemos o que de nós é esperado fazer.
Quem espera? Não sei... parece que existe “algo” que nos impele rumo a fazermos mais do que até nós mesmos acreditamos, a ir além das nossas forças físicas, condições intelectuais e até emocionais. Por este “algo”, desafiamos o nosso medo de falar com pessoas, em dar nossa cara para bater, em fazer algo que nem sabemos se estamos prontos para desempenhar. Fazemos isso porque este “algo” é maior que nós. E para que este “algo” surja, é necessário nos colocarmos a serviço. E investigarmos dentro de nós, e não fora. A força e o caminho estão em nós, e fluem de nós. O consultor norte-americano Brian Souza explica que “às vezes, é difícil ver a verdade sobre nós mesmos e mais difícil ainda reconhecê-la... A resposta só pode vir após cuidadosa observação e escuta das palavras e dos atos, de modo que possamos aprender quem somos e com o que realmente nos importamos”.
A mente intuitiva fornece as respostas. A mente racional fornece as perguntas
Queremos saber o que viemos fazer neste bendito planeta. Pelo menos, eu sempre quis. E engraçado é que, ao ver tantos exemplos de pessoas grandiosas, fiquei buscando nos exemplos deles algo que se encaixasse em mim. Que tal ser igual a Jesus Cristo? Não, é muita areia pro meu caminhãozinho... E então, Francisco de Assis? Ou Bill Gates? Pelé? Ora bolas... é interessante como somos ensinados a olhar para o sucesso dos outros, as benfeitorias dos outros, as qualidades dos outros, e não para nós. O nosso dom está em nós. E possui peculiaridades que só encaixam no nosso trabalho. Da mesma forma que as pernas tortas se encaixavam no jeito de jogar do Garrincha, quem sabe a minha timidez não se encaixe no meu estilo de orador? Do mesmo jeito que a paralisia facial e o corpo malhado do Stallone se encaixou no papel de Rocky, quem sabe o meu jeito japonês e a imagem que o pessoal tem disso não se encaixe perfeitamente no papel do consultor e terapeuta?
Quem somos, e com o que realmente nos importamos? pergunta Brian Souza. A mente racional, analítica, foi feita para isso: para perguntar. Mas ela não fornece respostas, somente dúvidas. Ela irá ver o sucesso de Roberto Justus e questionará a competência dele, comparará ele a si mesma e julgará, geralmente algo do tipo: não chegarei onde ele chegou. E nem quero, viu! Já que a mente racional fornece dúvidas, por que não utilizar esta competência inata? Faça perguntas a si, mas perguntas construtivas, do tipo:
- que talento possuo?
- o que sei fazer bem?
- o que me diverte e relaxa?
- como usar os talentos, as habilidades e as coisas que me divertem no meu trabalho?
- o que mais preciso desenvolver?
- com quais pessoas devo me unir?
E espere a intuição responder. Não queira responder com a cabeça. Veja se concorda com esta frase: “o grande problema é que vivemos em uma sociedade onde impera a cultura da razão, cujo valor máximo é a mente cerebral e controladora, em detrimento das emoções e da intuição. Sob a ditadura do raciocínio, fica mesmo difícil, senão impossível, estabelecer uma conexão com a divindade interna, o que faz com que as pessoas vivam desconectadas de si próprias, incapazes de se ligarem em sua intuição”. Bem, apesar de poder parecer que esta frase é de um guru espiritualista, ou um religioso, ela vem de
Nuno Cobra, um dos mais famosos coaches de esportistas vitoriosos, como Senna, Hakkinen, Gil de Ferran, empresários, executivos...

O dom e a missão podem ser percebidos


Quando você pergunta a si mesmo sobre sua missão, e silencia a mente lógica, consciente, percebe sensações. Muitas vezes são sensações emocionais, que ainda não é intuição. Qualquer tipo de excitação ou depressão, medo ou alegria, êxtase ou raiva, são somente emoções. A missão simplesmente surge, talvez com um papel não muito definido, mas com uma convicção tão plena, que sua razão ou sua emoção não pode negá-la. Ela está além da mente. É como se possuíssemos um plano a ser cumprido, uma espécie de projeto, antes de nascermos. E é possível que tenhamos este plano. Quando andamos em direção à concretização dele, sentimo-nos bem e realizados. Quando nos afastamos e entramos em nossas neuras do dia-a-dia, sentimo-nos mal e estressados... Pode ser que esse plano seja uma somatória de informações que herdamos dos nossos ancestrais, geneticamente. Ou quem sabe seja algo além? Tanto faz... Para vê-lo, é importante soltar as crenças da cabeça. É necessário deixar as emoções de lado, por um instante. E buscar, através de perguntas corretas. E então... meditar. Ou fazer caminhadas.
Bike? Ou ainda, ioga. Quem sabe uma constelação sistêmica? Mergulho. Qualquer coisa que faça você voltar a si mesmo, e encontrar-se não com emoções químicas provocadas pelo seu cérebro, mas com uma chama maior que arde em si, e está pronta para ser vista.

Constelação Familiar Sistêmica e coaching sistêmico, em atendimento individual, presencial ou online, com trainer alemã
Theresa Spyra. Clique aqui e saiba mais!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Brasileiros fogem do exterior e da crise. Verdade?


Esta notícia saiu no Diário de Pernambuco. E foi baseada em reportagem do ótimo site parceiro Brasileiros nos Estados Unidos. Engraçado que, ao ler a reportagem, você não vê estatísticas. Quando fiz marketing, na facu, lembro o saco que era organizar uma pesquisa com um mínimo de confiabilidade, e até entendo que um jornal não vá a campo confirmar nos números aquilo que eles afirmam nas manchetes. Resultado: eles manipulam a mente dos leitores, com informações sem nexo.

Vamos aos fatos?

“Margaret, uma gaúcha de 35 anos que mora em Frankfurt desde o início de 2008 e pediu para ter o sobrenome preservado, conta que teve um amigo que voltou para o Brasil terça-feira passada. "Ele trabalhava para uma empresa aqui e, assim que voltou de férias, foi informado que teria que voltar para o Brasil por causa da crise. Ele ocupava um cargo alto e acredito que deram preferência para os alemães", diz. De acordo com a OIM, a Alemanha é o país europeu com maior número de imigrantes. A maioria de origem turca, que começou a chegar ao país nos anos 50 para ajudar na reconstrução após a Segunda Guerra Mundial.”

Ótimo,não? Com base em uma entrevista na Alemanha e uma informação que não tem nada a ver – a quantidade de turcos em solo germânico, passa a idéia de que estão acabando os empregos para brasileiros.

Outra entrevista: “Andréa Tom, estilista de 27 anos, voltou para o Recife há duas semanas. Estava estudando em Londres desde setembro. Voltou porque quis. E por causa do frio, conta. Mas trouxe na mala notícias não muito boas de lá. Na capital inglesa, Andréa morou em uma casa com mais três brasileiros que trabalhavam em hotéis (um pernambucano, um baiano e um mineiro). "Depois do réveillon, começaram a antecipar as férias do pessoal. Eles falaram que, em quatro anos, nunca tinham passado por isso. Estavam até querendo ir pra Dubai", conta. Deve ficar ainda pior. A taxa de desemprego no Reino Unido está na casa dos 6%, a mais alta da última década.”

Bem, temos aí um dado relevante: deve ficar pior! Pode? E outra informação altamente digna de crédito: “eles falaram que, em quatro anos, nunca tinham passado por isso”...

Ora, tenha santa paciência! Eu trabalhei no Japão no começo dos anos 90, quando já diziam da crise com o estouro da “bolha” de consumo. As montadoras vendiam menos, os consumidores poupavam e compravam menos. Sim, havia desemprego, Mas havia emprego também. Se você olha um gráfico, e vê uma curva de crescimento em nível 8, e depois esta curva cai para nível 3, será que é crise? Querido amigo brasuka, o que estou querendo dizer aqui não é brigar com as notícias. Só quero alertá-lo para que, seja lá o que você quer fazer da vida, faça. Crises, altos e baixos, dia e noite, sol e chuva são parte da natureza. Mas a mídia sabe muito bem manipular a inteligência emocional das pessoas, incutindo medo... porque isso dá ibope, e o medo é um elemento que corta a capacidade de raciocínio do homem. Logo, ele compra sem pensar...

Se você for paciente, poderá, por outro lado, achar notícias e coisas que lhe aumentam a auto-estima. E cá entre nós, caso queira realmente ser um sucesso na sua vida, pode esquecer a mídia comum. Empreender o seu destino significa tornar-se alienado (como já fui chamado) e tapar o ouvido... Quer uma dica: leia este post super-simpático para conosco, brasukas, que a parceira Brasil na Itália publicou, a partir da Revista italiana GQ... Que tal orgulhar-se de ser brasileiro? E não só orgulhar-se, mas mostrar que brasileiro dá certo?


Alex Possato é consultor de marketing pessoal e diretor do Nokomando-soluções sistêmicas


Atendimento online de constelação familiar sistêmica e consultoria sistêmica de desenvolvimento pessoal e profissional, com a trainer e economista alemã Theresa Spyra – clique aqui e saiba mais


* Sobre 12 dicas para gerenciamento do tempo - viver o presente, de forma simples e produtiva


Hora, bolas! Não me venha dizer que você não tem tempo! Tem sim! 24 horas! Como eu, o Abílio Diniz ou o Zezinho da esquina. E o tempo ai no exterior é igual ao tempo do Brasil... É ou não é? Sem brincadeira, sei que o tempo de alguém que está empreendendo a própria vida, geralmente parece escasso. Por que, geralmente? Como dizia o velho Einstein, tempo é relativo. 24 horas são 24 horas, claro, mas o que é relativo é a percepção do que você faz com estas horas e como você utiliza seu tempo. Não é possível economizar tempo, mas é possível economizar atividades. Portanto, o importante não é gerenciar o tempo, mas gerenciar a si mesmo. E a regra número 1 para você gerenciar a si mesmo, de forma confortável, sem estresse ou ansiedade é: seja simples! Sim, seja simples, o mais simples possível. E como se faz isso? Em primeiro lugar, assuma que toda a mudança que você quer da sua vida, depende única e exclusivamente de si. E agora, vamos às dicas? Muitas delas que você aprende na prática, nas vivências de constelação sistêmica, e outras, no dia-a-dia:

1 – corte aquilo que não é importante. O que é importante? Aquilo que faz você ganhar habilidades novas, conhecimentos novos, contatos relevantes novos, prazer (observe se o prazer não é fuga, pois o trabalho corretamente desempenhado, é também prazer);
2 – não tome para você a responsabilidade do outro. Carregue somente a sua “malinha”;
3 – delegue tudo o que for possível. Peça aos filhos, marido, parentes, amigos e, claro, aos funcionários, que são pagos para isso;
4 – não faça nada pelos outros. Mas nada? Nada! A não ser que você já saiba se organizar minimamente;
5 – divida o dia ou semana para: trabalho, relacionamento e networking, família, lazer, descanso, atividade física, equilíbrio emocional, estudo, cultura, e mais tudo o que você realmente acha importante para a sua vida. Dê o tempo suficiente a cada uma das atividades e respeite suas decisões;
6 – não se culpe pelos desvios e falhas no percorrer do caminho. Comece de novo. E de novo. E de novo;
7 – escreva tudo o que você tem para fazer, e coloque-as em ordem de prioridade. Você pode usar escalas, como “urgente”, “importante”, “circunstancial” ou crie as suas próprias referências. Por exemplo: fáceis, difíceis, mais ou menos; ou azul, amarelo ou vermelho; ou atividade de raciocínio, atividade intuitiva, atividade de ação;
8 – seja imperfeito. Veja a vida imperfeita. Celebre a imperfeição. É melhor ser imperfeitamente eficiente que perfeitamente cri-cri e travado;
9 – trace objetivos, mas não guie-se pelas metas finais. Elas acontecem sozinhas. Guie-se pelo passo seguinte. Lembre da sabedoria chinesa: uma longa jornada se inicia com um passo;
10 – observe o que há por detrás de cada atividade que você faz. Pergunte-se: o que eu ganho quando faço isso? Dinheiro? Sabedoria? Contatos? Calma? Prazer? Dor de cabeça? Irritação? Cobrança? E perceba se este ganho é importante ou não, e se essa atividade tem sentido real para si ou não.
11 – Viva presente. O único tempo que existe é o agora. Amanhã pode ser tarde demais. Perceba-se a cada instante. Veja você e o que há em volta de você, sem julgar se é bom ou ruim. O tempo não passa. O tempo se vive.
12 – Pegue um tempo diário para meditação ou ioga. Aprenda a perceber seus pensamentos e emoções e a dominá-los, afinal, o significado do tempo está “em sua cabeça”. Este significado deve ser suave, produtivo e equilibrado, para que qualquer planejamento de tempo tenha efeito. Torne-se aliado do tempo, de tal forma que chegará o momento em que você não mais perceberá a existência dele.

Alex Possato é consultor de marketing pessoal e planejamento para profissionais autônomo, e é diretor do Nokomando-soluções sistêmicas

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

4 dicas para o brasileiro no exterior que vai empreender



Acho que uma das coisas que procuramos, ao sair do Brasil, para morar fora, é o sucesso profissional. Estou certo? Bem, no meu caso, eu procurei mais uma estabilidade do que exatamente sucesso. Somente quando retornei ao Brasil, após 3 anos fora, com carteira assinada, estabilidade e... um pouco de mediocridade, é que comecei a pensar na minha carreira com seriedade. Comecei a pensar em fazer aquilo que me desse prazer... e, claro, grana também. Na época, estava com 29 anos. Tinha feito jornalismo, e embora faltassem alguns meses para concluir a formação, não tinha nenhuma vontade de seguir a carreira. Estava no Japão, e o meu prazer era escrever, e não exatamente trabalhar para um jornal. E aí eu escrevi meu primeiro livro. Somente para escrever... E aí vai uma dica:

1 - se você tem alguma vocação, seja ela escrever, pintar, cozinhar, cantar, jogar golfe, fazer ikebana, decoração, sei lá mais o quê, faça...

Uma outra coisa que percebi foi que, se eu não me adaptava à uma carreira tradicional, teria que partir para a carreira solo. Óbvio não? Ser o dono do próprio nariz não dá a menor segurança do salário no final do mês, mas é exatamente esta insegurança que nos leva para frente. E vou contar um segredo: eu nunca tive um tino comercial, vocação para empreender, nada disso... Fiz muita burrada, perdi dinheiro, investi em coisas erradas... Tudo se aprende! E aí vai mais uma dica:

2 - se você não tem uma carreira convencional para seguir, ou não quer ficar preso a um emprego fixo, pense seriamente em fazer a carreira solo;

Daí, quando é você no mercado, em busca dos clientes, existe um fator importantíssimo para ser bem-sucedido ou não: a inteligência emocional. Saber lidar com a falta de recursos, com o incerto, a dúvida, funcionários que fazem burradas, é um exercício de auto-controle e sabedoria. A inteligência emocional é uma das coisas mais importantes, e por incrível que pareça, quando você procura o Sebrae, só encontra cursos técnicos, planos de negócio, etc., mas nenhuma explicação de como lidar com um cheque sem fundo num momento de aperto, com uma briga com o sócio ou ainda, com a indisciplina de um funcionário. Aí, vem uma outra dica:

3 – Trabalhe-se emocionalmente. E seja flexível. Conheça suas fraquezas, e as utilize ao seu favor. Se, por exemplo, você não se vê lidando absolutamente com funcionários, porque não montar uma empresa baseada somente em si mesmo? One-man-show... é possível, é viável... Eu já tive empresas com vários funcionários, hoje somos dois, e trabalhamos com terceirização, quando é necessário...

Ok, vou falar da última dica. Talvez a mais importante. Tudo fica fácil quando temos uma vocação, não é verdade? Talvez você pense assim. Mas vou dizer uma coisa. Não é bem assim. Uma vocação, às vezes, diz muito pouco. Sabe por quê? É que vocação tem milhares, milhões de facetas... E para descobrir a faceta correta, que nos trará retorno comercial, fama, dim-dim? Por exemplo, eu tinha a vocação para escrever. Ainda tenho. E escrevi um livro. Não me deu o retorno desejado. Não me tornei o Paulo Coelho. Nem as orelhinhas do Coelho. Escrevi dois livros. Escrevi três livros. Mas não era esta faceta. A mente humana está condicionada a generalizar as coisas: pensamos – gosto de escrever, logo, serei um escritor. Daí, eu vendo bastante livros e ganho dinheiro e fama. Certo? Não! Errado. A minha vocação para a comunicação tinha muitas outras facetas. Por exemplo: aprendi a falar em público, coisa que há 10 anos era impossível. Aprendi a fazer networking e a vender meu peixe... Aprendi a mudar meu estilo para escrever na internet. Aprendi a fazer marketing e usar os textos de uma forma focada no convencimento do meu cliente... Aprendi a buscar um nicho de mercado que tivesse a ver com o meu perfil. E ainda estou fazendo diversos experimentos. Por isso, se você não tem vocação explícita, também não está muito distante do sucesso. Já vi muitas pessoas talentosas se afundarem com o seu próprio talento. A nossa sociedade vende a idéia de que as pessoas talentosas é que prosperam, dão certo, são legais. Isso é uma grande enganação. Dão certo aqueles que querem dar certo. No caminho para dar certo, o talento surge. E se não surge o talento, você terá dinheiro para contratá-lo. Isso me faz lembrar da história do Walt Disney. Desenhista pouco talentoso, era, por outro lado, um empreendedor egocêntrico e super-criativo. Tanto que empregou os maiores nomes do cartoon da época, obrigando-os a assinar os desenhos como... Walt Disney... Vai então, a última dica de hoje:

4 - busque a atividade que o apaixone. Algo que você faria e lhe daria muito prazer. Não se preocupe se isso que você quer pareça ser incomum, não dar grana, ou alguma crença boba que enfiaram na sua cabeça. Qualquer coisa dá dinheiro. Absolutamente qualquer coisa. E crie foco de ser o melhor que você pode ser nesta atividade. Crie o foco de se destacar, de se bancar, de ganhar grana...

Alex Possato é diretor do
Nokomando-desenvolvimento pessoal e profissional

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Brasil é xenófobo - 72% da população é contra estrangeiros

Jornal suíço contra-ataca e diz que Brasil é xenófobo

Os jornais suíços fizeram um duro ataque contra o Brasil, mesmo sem saber o resultado final das investigações no caso da advogada brasileira Paula Oliveira, que diz ter sofrido um aborto após ser agredida por um grupo skinhead na última segunda-feira em Zurique.

O periódico "Neue Zürcher Zeitung" ironiza o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alerta que a mídia brasileira "regularmente publica notícias de fatos totalmente inventados, acusações que já destruíram a vida de outras pessoas".

Segundo laudo médico emitido pela polícia suíça, Paula não estava grávida. De acordo com o jornal, a gravidez inventada seria uma técnica comum no Brasil para mulheres que querem pressionar seus maridos. Para o NZZ, o Brasil seria um dos países mais xenófobos do mundo. "O país tropical está, de acordo com sondagens internacionais, entre os Estados com maior índice de xenofobia: 72% são, segundo pesquisa, contra a recepção de estrangeiros", comenta a publicação.

A palavra é altamente manipulável. Aquilo que acreditamos é totalmente influenciado pelo o que ouvimos ou lemos. O ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, estava certo quando disse que uma mentira, contada 100 vezes, torna-se verdade. Ou não estava?

Afinal, o que é verdade? Não é somente uma justificativa que damos para afirmar algo que acreditamos? E o pior: a mente humana tem a tendência de analisar “suas verdades” de acordo com as próprias crenças. Dificilmente alguém se coloca no “lugar do outro”, não busca saber todos os lados de uma coisa, para tirar uma conclusão. Qual é a verdade no caso da brasileira que diz ter sido atacada por skinheads na Suíça? O jornal suíço mente, ao dizer que o Brasil é xenófobo? Ou o governo brasileiro é que mentiu, ao julgar verdadeiro o caso e pressionar as autoridades suíças baseados nas palavras da brasileira? Como disse, para qualquer fato existem argumentos que apóiam. É possível que eu também seja xenófobo. Em alguns momentos... por que não? É por essas e outras que não acredito naquilo que leio, não dou bola pra a imprensa e não vejo TV ou noticiários. Para ver minha mente ser manipulada o tempo todo? Ah... tenho mais o que fazer...


Alex Possato é diretor do nokomando-desenvolvimento pessoal e profissional, soluções sistêmicas


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Poder sem limites - Anthony Robbins


Entender um pouco de neurolinguística? Este é o livro

Falo que Anthony Robbins é o típico americano com “cara de sucesso”. Grandão, com pinta de galã, fala e motiva o público como o nosso bom Silvio Santos, atende seus clientes numa ilha do Hawai, vem de helicóptero, estas coisas toda. Lógico que muito disso é imagem… e cá entre nós, eles sabem fazer imagem. Mas vamos ao livro.

Robbins adquiriu umas doenças e isto o deu motivação de se transformar num cara diferente. Durão, obeso e doente, encontrou na programação neurolinguística a motivação para “dar a volta”. O caminho do sucesso está neste livro. “Poder sem limites”, apesar de parecer auto-ajuda comum, é na verdade um bom resumo da teoria da PNL, que é utilizada por treinadores e coaches do mundo todo, para incentivar a alta performance dos seus comandados. E dá certo. Em linguagem bem acessível, utilizando exemplos pessoais, Anthony Robbins desfila os principais elementos da PNL nas 384 páginas da obra. Você aprenderá sobre âncoras, sistemas representacionais, calibragem, sinestésicos, auditivos e visuais e tantos outros termos que parecem coisas do “outro mundo”, mas são parte de um estudo sério sobre comunicação, comportamento e psicologia humana.

Apenas um porém: no estilo bem americano do oba-oba, solução final, o livro as vezes pode deixar transparecer que a aplicação em si mesmo da PNL é fácil e rapidamente eficaz. Não é. Qualquer técnica que exige olhar para si, para seus medos, emoções e comportamentos inadequados, exige vontade.

Objetividade: é um livro que fala sobre os principais elementos da PNL, sem ser chato ou complexo. Isso é uma virtude. Nota 8.

Quebra de conceitos: de forma leve e levado pela empolgação do autor, a pessoa não percebe que está sendo fortemente influenciada a acreditar em si mesmo. Isso, para mim, é ponto positivo. Nota 8

Simplicidade: o livro é simples, fácil de entender. Nota 8.

Funcionalidade: aí é a questão. Não acho que a PNL seja um conhecimento fácil de ser aplicado sem a orientação de um consultor, ou sem ser feito algum curso do assunto. . Nota 6

Conteúdo: mesmo tendo vários elementos da PNL, o conteúdo fica um pouco prejudicado pela simplicidade dos exemplos e pela superficialidade com que são tratados temas importantes. O livro é feito mais para empolgar sobre a PNL (consegue) e sobre o autor (talvez consiga), do que para realmente informar. Nota 6.

Avaliação 7,2

Alex Possato é consultor, escritor e especialista em PNL

Poder sem Limites, Anthony Robbins, Editora Best Seller, R$ 39,90

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Planejamento sem apego


Pode soar meio zen, ou taoísta, mas tanto faz. O fato é que planejar focando uma meta final é estressante e desagradável para a maioria das pessoas. Simplesmente porque qualquer um sabe, pelo menos inconscientemente, que metas se sobrepõem a outras. Estamos começando uma e outras já estão andando. Algumas acabam sem serem concluídas e outras são concluídas e não produzem o efeito desejado. Não traz alegria, satisfação… Por quê? Porque metas não significam nada.

Se existe algo com significado, é o que fazemos no dia-a-dia. Como lidamos com cada hora do dia? Estamos presentes no trabalho? Percebemos a nós mesmos, como estão nossas emoções, nossas sensações, como estão as pessoas a nossa volta, como está o nosso corpo?

Pois é, acredito que a maioria não percebe. Porque está focado em algo que tem que fazer. Andamos como burros com a cenoura pendurada no nariz. Nunca alcançamos nada, não curtimos o momento presente, e continuamos a andar atrás de metas.

Não vou dizer para não ter metas. Quem não sabe o que quer, não chega a lugar nenhum. Não há nada para falar a este público. Mas quem sabe o que quer, deve parar, e pensar: o que é mais importante – alcançar as metas ou viver bem enquanto faço o possível para alcançá-las?

Este é um ponto fundamental. Viver bem significa estar presente e perceber a vida. Pois a vida passa, as metas passam, e… vai chegar um dia em que estaremos olhando para trás e percebendo que vivemos como Sísifo, rolando a pedra até o alto da montanha, para depois ela despencar, e começarmos tudo de novo. Sim, metas são uma referência, mas elas não levam a nada e são sempre cíclicas, como a pedra que volta ao ponto de partida. Valeu a pena, eheh? Valeu a pena? Ser caçador de ilusões?

Acho que não vale. Vale é ir atrás do que quer, porque desempenhar a função humana de ser talentoso, ser líder, dirigir pessoas e mentes é instigante. Pra isso, focamos. Mas vale a pena também pisar na lama – eu gosto de bike, curtir a esposa, sair com as mãos dadas com os filhos, xingar um pouco a mamãe, para depois jantarmos juntos, olhar as cachoeiras, voar e conhecer terras distantes, ver povos e culturas diferentes… Vale a pena também olhar nossos funcionários com olhos sem julgamento, simplesmente observando o que leva a vida deles. Observar o nosso cão e os movimentos lentos do gato.

Para viver plenamente a vida, é preciso planejar. Sem apego de conseguir coisas ou alcançar metas, mas de conseguir ser pleno, no dia-a-dia. Produzir e ganhar a grana, mas permitir-se parar e dar um cochilo no carro, quando o corpo requer isso. Ser agressivo nas negociações e colocar seus interesses, para depois abraçar o concorrente e tomar uma cerveja, e perceber que ele torce para o mesmo time que o seu. É importante viver e permitir-se estar presente. Permitir-se saber o que o faz feliz, o que lhe dá prazer, e fazer! Ao invés de correr atrás de quimeras. Viver a vida, antes que a morte chegue, e nos arrependamos por não ter vivido.

Dá para ser zen e profissional. Ser um executivo e andarilho. Hábil vendedor e amistoso pai. Intelectual e punk. Marido namorado. E dá também para planejar os momentos de solidão, de reclusão, de isolamento, como todo homem merece e quer.

Para isso, é importante ver-se, em primeiro lugar, em seus papéis. Quem você é? É pai, filho, marido, líder de uns, subordinado de outros, religioso, aventureiro, intelectual… O que cada um desses personagens precisa para ser feliz e viver bem, agora, neste instante? Quais satisfações emocionais você precisa? Que tipo de atitude você está tomando que o agride? Que tipo de atitude não está tomando e seria bom tomar? Sim, é um planejamento. Olhar para si exige planejamento. Mas um planejamento muito mais profundo e que lhe trará um enorme prazer, no momento em que for percebida a sua vida de uma nova forma, a partir de metas interiores, e não mais, exteriores. É um planejar onde o alcançar importa pouco, mas o viver é tudo!

Alex Possato

Consultor de marketing pessoal e comunicação

www.nokomando.com.br

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