Não tinha nada pra fazer, resolvi dar uma volta. A F. Tech. era perto, e pelo barulho das máquinas, havia serviço. De longe, observei que o terreno ocupado pela fábrica era grande, portanto, deveria haver muitos funcionários. Todos os que entravam ou saíam vestiam o indefectível uniforme branco e boné azul. Continuei. Na rua, não havia ninguém, e mesmo os carros eram escassos. No caminho até o super-mercado, eu tinha a impressão de que todos os motoristas que passavam ficavam me observando, como se eu carregasse uma placa escrita - estrangeiro. Ingressei numa rua larga, arborizada, e dei de cara com a porta. O comércio costuma abrir após as dez da manhã. O supa (super-mercado) chamava-se Well-Mart, uma rede espalhada por várias cidades da região. No inglês nipônico, lê-se mais ou menos assim: uéro-máato.
Voltei mais tarde, e com a experiência de um mês em Okinawa, fui desbravando as prateleiras misteriosas, cheias de armadilhas e surpresas. O café solúvel Nescafé foi fácil identificar. Já o açúcar do sal, embalagem quase idêntica, estava difícil: comprei uma de cada. Macarrão, massa de tomate, cebola, alho, pouco a pouco fui pegando o jeito da coisa. Até achei uma preciosidade: abobrinha, grande e bonita. Preparei meu cardápio: arroz, abobrinha refogada, carne - vendida em fatias como se fosse presunto - e uma fruta de sobremesa. Qual não foi minha surpresa quando, após a primeira facada na "abobrinha", ela começou a minar água. Será uma melão? Observei com maior atenção e descobri que a danada não passava de um pepino, sem graça, sem gosto. Cardápio alterado: salada de pepino no lugar da abobrinha.
Esta foi uma das primeiras "abobrinhas" que cometi. Principalmente por não entender o que está escrito nas embalagens, muitas vezes compramos gato por lebre. Certa época, fui comprar uma capa de chuva, dessas que motoqueiros usam - acabei adquirindo a parte de baixo, a calça. A parte de cima era vendida separadamente...
Voltei mais tarde, e com a experiência de um mês em Okinawa, fui desbravando as prateleiras misteriosas, cheias de armadilhas e surpresas. O café solúvel Nescafé foi fácil identificar. Já o açúcar do sal, embalagem quase idêntica, estava difícil: comprei uma de cada. Macarrão, massa de tomate, cebola, alho, pouco a pouco fui pegando o jeito da coisa. Até achei uma preciosidade: abobrinha, grande e bonita. Preparei meu cardápio: arroz, abobrinha refogada, carne - vendida em fatias como se fosse presunto - e uma fruta de sobremesa. Qual não foi minha surpresa quando, após a primeira facada na "abobrinha", ela começou a minar água. Será uma melão? Observei com maior atenção e descobri que a danada não passava de um pepino, sem graça, sem gosto. Cardápio alterado: salada de pepino no lugar da abobrinha.
Esta foi uma das primeiras "abobrinhas" que cometi. Principalmente por não entender o que está escrito nas embalagens, muitas vezes compramos gato por lebre. Certa época, fui comprar uma capa de chuva, dessas que motoqueiros usam - acabei adquirindo a parte de baixo, a calça. A parte de cima era vendida separadamente...
Alex no Japão
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