sábado, 1 de novembro de 2008

10 dicas para motivar-se através das suas emoções




O sistema educacional não fala. Papai e mamãe escondem. As novelas transformam-nas em algo risível e irreal. Os “emos” distorcem. Os drogados e alcoólatras ampliam-nas quimicamente e perdem-nas do controle. E você? O que faz com elas?

Estou falando das suas emoções, este impulso forte e capaz de gerar reações em você, antes mesmo que possa formular um pensamento, uma explicação sobre o porquê estar reagindo. Vamos entender um pouco melhor o que se passa em seu íntimo?

Medo, raiva, alegria, afeto e tristeza: matérias-primas para a paixão de viver e vencer

As cincos emoções descritas acima são as chamadas “emoções naturais”. Todo mundo tem. Até o meu cachorrinho. Estas emoções estão impregnadas em nosso código genético, e são disparadas por algum acontecimento exterior. Um sorriso de alguém, a aproximação de alguém com quem criamos imediata afinidade, um olhar ameaçador, um grito de socorro, uma porta rangendo, uma criança brincando. Como cada ser humano é diferente, um do outro, e carrega consigo todo o passado familiar, como vemos nas constelações familiares sistêmicas, cada um possui a tendência de estar mais aberto para um ou outro tipo de emoção. Mas todos as possuímos. E elas são ótimas, em todos os sentidos.

O medo provoca reações químicas no organismo para reagirmos ou fugirmos a um perigo. A raiva deixa a gente pronto para enfrentar algo muito difícil. A tristeza induz o corpo a parar, a ficar mais lento, a diminuir o ritmo, e isso é fundamental, afinal, o homem não pode viver em alta performance o tempo todo. O afeto nos aproxima dos outros, nos permite criar nossos filhos. A alegria dispara neurotransmissores poderosos, que nos dão prazer e êxtase.

Todas estas cinco emoções básicas possuem o seu próprio tempo de manifestação, e sua energia se esvai em seu próprio tempo, que é sempre rápido e não causa dor ou sofrimento. Saber lidar com estas emoções é extremamente saudável para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, pois elas lhe dão energia para agir, reagir, parar, ponderar. Se você reparar nas pessoas geniais, todos tem características emocionais muito definidas e dominantes, embora dizemos, genericamente: ele é um cara de personalidade.

Sabe o que é personalidade? É ter suas emoções muito visíveis, no seu controle, e saber utilizá-las para sua própria motivação. Nossa sociedade moderna ensina, nas escolas, que o conteúdo intelectual é o mais importante para se ter sucesso na vida. Isto é uma grande mentira. Conhecimento não leva ninguém a lugar nenhum. Acredito que você já deve ter visto pessoas com extrema capacidade intelectual e sem sucesso, enquanto que outros, com pouca instrução, mas muita vontade, se dão muito bem. É exatamente este o ponto. Saber se bancar é conhecer a si mesmo, suas emoções, dominá-las a seu favor e... correr pro abraço.

Vou deixar dez dicas abaixo para que você aprenda a utilizar suas emoções com sabedoria e focado no seu desenvolvimento pessoal:

1 – acostume-se a ver que o seu mundo é criado a partir de dentro de si.

2 – observe suas emoções, sem julgá-las. Não as rotule. Simplesmente perceba: estou com medo, com raiva, com afeto, alegre ou triste. Só isso.

3 – não se importe com as emoções que você irá despertar no outro. Coloque uma plaquinha no pescoço: “auto-escola de emoções”, e faça suas barbeiragens emocionais.

4 – curta suas emoções. Tristeza, medo e raiva não são negativos. Alegria e afeto não são positivos. Isso são conceitos que alguém inventou.

5 – perceba qual tipo de emoção o faz ir para frente, o faz agir.

6 – então, descubra quais são as situações mais comuns que disparam este tipo de emoção.

7 – se for confortável a você, crie mentalmente esta situação, deixe a emoção surgir e aja. O cérebro humano não distingue pensamento criado de situação real: para ele, é tudo a mesma coisa.

8 – perceba se suas emoções se esvaem em pouco tempo. Se não, elas estão sendo alimentadas artificialmente pelos seus pensamentos, e é preciso cortar esta alimentação.

9 – adote o hábito de meditar, seja parado, ou andando, ou dançando. Perceba-se com todo o corpo, não apenas com a mente racional.

10 – Descubra as emoções no seu trabalho, na sua carreira. Tanto raiva, como medo, alegria, afeto ou tristeza, na dose certa, sob o seu comando, fazem de você alguém especial e diferenciado. Liberte-as, sempre focado em seu sucesso pessoal. Uma pessoa “comum e boazinha” parece sanduíche de isopor...

Um abraço!

Alex Possato

Full Life Coach

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Brasileiros no Exterior na UOL

Estamos na midia! É isso aí. O nosso blog mereceu estar relacionado entre os sites que auxiliam os brasileiros que estão residindo no exterior ou que desejam ir para fora. Valeu Felipe, pela entrevista e indicação. Quem quiser ler sobre este e outros blogs legais, clique aqui!

Alex Possato, coach e consultor de marketing pessoal e comunicação, diretor do Nokomando - realização profissional e pessoal

Crise Mundial? Que crise?


É admirável a capacidade da mídia em inventar crises e bolhas de crescimento. Não existe crise. Simplesmente porque não existe crescimento. A vida é um contínuo movimento, onde subir e descer é natural, faz parte, é assim. Você, brasileiro no exterior, não saiu do país por uma crise, mas seguindo a um impulso pessoal, que dizia estar no exterior as melhores oportunidades. Enquanto muitos saem, outros enriquecem aqui mesmo. E muitos imigrantes vêm para o Brasil, a terra prometida... para eles. Chineses, bolivianos, paraguaios, até minha esposa alemã. Eu, especificamente, que já vivi fora e hoje estou no Brasil, percebi que para mim – baseado nas minhas habilidades, personalidade, foco, etc - , as oportunidades no Brasil são maiores. Ganho mais aqui, bem mais, do que quando estive fora... Mas, por outro lado, a experiência que vivi no exterior é uma das minhas mais fortes bases para a auto-confiança em trabalhar e me desenvolver. Minha mulher, alemã, que era uma executiva de carreira promissora e ótimo salário em Berlim, deixou a Europa para “camelar” no Brasil. Hoje, ela não se arrepende. Tem uma ótima carreira no Brasil e muito mais prazer em trabalhar e viver. Mas também não descarta viver em outro lugar...

Sabe o que quero falar? Todo lugar é bom, para quem se vê bem. Todo lugar é ruim, para quem não se banca. Muitos brasileiros se dão bem realizando empreendimentos no exterior. E não voltam mais. Assim é a vida. Do outro lado, existe uma infinidade de pessoas, tanto aqui, como aí, que vão levando, simplesmente empurrando com a barriga. Para esta multidão, não importa o crescimento profissional, a conquista de maiores patamares, o investimento em si mesmo, objetivos fixos, controle emocional. Importa sobreviver.

O mercado de trabalho, no mundo inteiro, é assim. Alguns poucos lideram, a maioria é liderado. Poderia tecer um monte de teorias a respeito disso, passando do meu passado comunista e sindicalista, até o simples e puro xingamento contra a “elite burguesa”. Mas saquei, conforme os anos foram passando – e olha que passa muito, muito rápido, que ou eu banco a mim mesmo, faço minhas metas de crescimento, qualidade de vida, espiritualidade, grana no bolso, alegria de trabalhar e viver, ou me junto ao choro da maioria.

Por isso, falar em crise só é bom para a imprensa. Crises vão, crescimento vem, e vice-e-versa. E a economia continua girando, assim como o planeta. Em matéria do Financial Times, traduzida em português pelo site da BBC londrina, você pode ver que existem brasileiros se dando bem com empreendimentos em Boston, na área de limpeza e serviços domésticos. E na mesma matéria, pode conferir que, segundo estudos, metade das empresas abertas por brasileiros de Governador Valadares em terras brasilis não dão certo.

Sabe por quê? Por falta de, em primeiro lugar, fé no próprio taco. Em segundo, trabalhar no negócio adequado ao perfil. Em terceiro, estudar a si mesmo, psicologicamente, economicamente, administrativamente. Em quarto, ousadia em fazer diferente, fazer o que os outros não fazem, mas com a própria cara. Em quinto, perseverança. E perseverança nem sempre significa horas exaustivas de trabalho. Perseverar tem muito mais a ver em saber fazer diferente quando uma tática não deu certo. Inventar, estudar ou copiar outra estratégia. Estratégia? Sim, estratégia. E a principal estratégia é a que você utiliza consigo mesmo, para dominar seus medos. Sim, medos. Porque quando a conta ficar negativa e o gerente do banco ligar, você tem que lidar com a situação como um bom jogador, e não um amador cheio de desculpas e sentimento de culpa. Quando você tiver que administrar demissões, é importante saber que a saúde financeira da empresa está em jogo, e não dá “para ser bonzinho” nestas horas, até porque, você é um “empregado” da própria empresa. E olha que fui petista desde os anos 80, e ainda voto no PT. Mas tive que aprender que administrar é diferente de ser paternalista.

Bem, estas são algumas idéias, que demonstram que a crise ou a prosperidade inicia na mente, nas emoções, nos pensamentos e nas atitudes do próprio empreendedor. Isto dá para ser treinado: mente e atitude. Agora a “tal crise” que se fala nos jornais por aí, o máximo que dá é ficar olhando as notícias negativas e balançar a cabecinha, dizendo: ta ruim mesmo...

Alex Possato

Coach, consultor de marketing e comunicação, palestrante e escritor, diretor do Nokomando-realização profissional e pessoal

domingo, 19 de outubro de 2008

10 dicas para o equilíbrio emocional


Você consegue se imaginar em pleno domínio do seu pensamento e das suas emoções, e a partir disso, comandar suas atitudes, rumo ao sucesso pessoal e profissional? Claro que consegue! Sabe por que posso afirmar isso? Porque tenho observado, tanto no meu trabalho diário, como também no trabalho de colegas que utilizam a programação neurolingüística como instrumento de desenvolvimento pessoal, que inúmeras pessoas deixaram problemas dos mais diversos para partirem rumo às suas metas, seus sonhos. O grau dos problemas não importa: dependência química, depressão, falta de motivação, stress, fobias diversas, problemas de relacionamento familiar, baixa auto-estima, dificuldade de comunicação com clientes ou colegas de trabalho, déficit de atenção, problemas financeiros, medos... A lista de problemas pode parecer infinita. Mas não é. Problemas têm tanta realidade quanto a névoa da manhã. Quando o sol surge e começa a esquentar, gradualmente a névoa desaparece.
O sol representa a lista de soluções e recursos pessoais que você tem. Todos os recursos e habilidades necessárias para viver bem e equilibrado já estão em você.
Para auxiliá-lo neste caminho de encontro do seu sol interior, do encontro do estado mental e emocional que proporcionará equilíbrio e harmonia, organizei as 10 dicas abaixo, que você pode mentalizar e transformar num hábito diário:

1 – A realidade do seu mundo é iniciada e mantida por si mesmo, através dos seus pensamentos, emoções e atitudes. Para modificar sua vida, escolha os pensamentos que lhe trazem prazer e realização, dê menos significado às suas emoções e permita ter atitudes focadas em suas metas;

2 – Comece a mudança da sua visão por si mesmo. Observe os pensamentos e emoções que tem a respeito de si, e veja que todos os julgamentos, críticas e limitações são idéias que outros colocaram em você.

3 – Aceite-se como é. Ninguém tem nada a ver se você é rápido ou lento, observador ou dispersivo, dócil ou incisivo, sociável ou introspectivo, impetuoso ou metódico, efusivo ou contido, organizado ou aleatório, com muitos amigos ou poucos, solteiro, casado ou divorciado, com muito dinheiro ou com dívidas, pai, mãe ou filho dedicado ou voltado a si, socialmente engajado ou focado em seu projetos pessoais, trabalhador metódico e de rotina ou um criativo profissional autônomo... Existem exemplos de pessoas felizes e realizadas com todo o tipo de perfil. Nenhuma árvore é igual à outra, mas todas se desenvolvem em sua plenitude;

4 – Tome um tempo para você, todos os dias. Comece com 15 minutos e vá aumentando gradualmente, conforme a sua disponibilidade de tempo. Utilize este tempo como quiser, mas que tenha a ver somente com você. Medite, ande, caminhe, relaxe, faça exercícios, pinte, escreva, dance, ouça música. Mas não ligue rádio, televisão, internet e nem leia. Permita-se estar consigo, seu corpo, pensamentos e emoções. Perceba que você é a pessoa mais importante do universo.

5 – Confie na Lei da Atração, que é natural e universal. Se você permite o equilíbrio, você atrai o equilíbrio. Sem esforço, porque o que é natural, não necessita esforço. Confie que em sua essência, você já possui todos os instrumentos e habilidades para estar bem consigo, com os outros e com o universo.

6 – Perceba o que lhe dá prazer. O que você gosta realmente de comer? Quais bebidas gosta de beber? Que tipos de companhia prefere? Com quem você precisa estar e quais companhias pode descartar? Quais hábitos são bons para você e você gosta? E quais pode modificar? O que poderia fazer de diferente, que lhe daria prazer? Como você percebe o seu corpo? Gosta do sol, ou da água? Do mar, dos rios, das cachoeiras? Ou de ambientes finos e requintados? Gosta de andar descalço, sentir o vento no corpo? Ler coisas diferentes, ver filmes diferentes, ouvir músicas diferentes?

7 – Esqueça o outro. A sua felicidade não depende de ninguém, e ninguém poderá construí-la, a não ser você mesmo. Você é a pessoa mais especial do mundo quando está perfeitamente equilibrado consigo mesmo, e quando isto acontece, a Lei da Atração lhe traz pessoas que podem desfrutar do seu equilíbrio e presença.

8 – Perceba que o outro está envolvido nas próprias emoções e pensamentos, e por isso não o percebe como você gostaria. Mas você, ao perceber esta realidade, pode aproximar-se quando quiser, e afastar-se quando quiser, sem deixar-se interferir emocionalmente.

9 – Perceba que o mundo é neutro e em constante mutação. Nada nem ninguém quer o seu mal, nem o seu bem. Existe o dia e a noite. O sol e a chuva. Nascimentos e mortes. Ganha-se e perde-se dinheiro. Quem dá significado para as coisas que acontecem à sua vida é você mesmo. Você dá o significado que quiser a si mesmo. Você pode e deve fazer a Lei da Atração trabalhar ao seu favor, neste instante. Que tal dar o melhor significado possível à si mesmo? Que tal olhar-se como o ser perfeito e capaz que você é, do jeito que você é?

10 – Não leve a vida tão a sério. Não leve a si mesmo com muita seriedade. Tudo é mutável, passageiro. Aquilo que você deseja para si já existe, potencialmente, agora. Está em seu íntimo, na sua forma de ver e perceber sua vida. Construa e faça o melhor de si, mas também entenda que o resultado é passageiro. Por isso, divirta-se, aprenda e curta o caminhar, em vez de focar-se somente na chegada, no resultado final. Este é o grande segredo do equilíbrio emocional: estar presente em cada ato, no processo, na construção, e saber que o resultado sempre virá, e não é o mais importante.


Alex Possato

Full Life Coach


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A volta para o Brasil


Quase todo brasileiro no exterior que conheci sonhava com a volta. Saíram por causa da grana, do estudo, de melhores oportunidades, por um amor ou pela aventura, mas pensavam: um dia eu volto.
Se para você, voltar também é um sonho, e você, com certeza, deseja que esse sonho seja bem-sucedido (leia-se: grana no bolso e realização profissional e pessoal), não pode abdicar de uma coisa que não é muito do nosso feitio tupiniquim: o planejamento.
Pois é! Sem planejar, nem aqui, nem na China alguém chega ao sucesso. O planejamento, apesar do “ranço” que a palavra causa, não é necessariamente algo muito doloroso, nem traumático, muito menos trabalhoso. Simplesmente porque você pode (e deve!) planejar ser feliz e satisfeito também. Isso se inclui num bom planejamento: o bem-estar, o equilíbrio, coisas que motivam.
Mas como planejar? O que fazer quando voltar ao Brasil? Como se reciclar, já que a carreira original ficou para trás?
A resposta você consegue investigando dentro de si. O requisito básico para uma volta de sucesso é... querer o sucesso. Pode parecer absurdo, mas muitas pessoas que atendo, por estarem presas a dores do passado, a mágoas, sentimentos conflitivos, perdem suas energias que poderiam ser usadas na construção do seu sucesso em buscar culpados pelo seu fracasso. O que fazer, nestes casos? Bem, é legal fazer uma terapia, até o ponto em que você (se é o seu caso), sinta-se com o vigor suficiente para dar o primeiro passo.

Bem, vou voltar ao tema: como planejar fazer algo no Brasil que dê certo e você se sinta bem? A fórmula é simples pra escrever. Para se praticar, depende de você:
1 – Saber quem você é: quais os seus sonhos, desejos reais (e não vontades), suas aptidões? Quais as suas habilidades? Como você é? Você é introspectivo? Calmo? Agitado? Age mais e planeja menos? Pensa muito e age pouco? Tudo isso deve ser cuidadosamente visto, para que você escolha algo que tenha realmente a ver com o seu perfil. O seu diploma, nesse caso, conta pouco, porque o sucesso não depende em absoluto dos seus cursos. Depende de você saber o que você quer, qual a sua capacidade e bancar-se do jeito que você é.
2 – Saber quem é o seu cliente: de acordo com o que você sabe e você é, você selecionará em que quer trabalhar. A partir daí, deve saber qual é o seu produto ou serviço específico que irá oferecer. E somente então, deverá ver quem é o seu cliente. Quanto ele deve ganhar? Qual a classe social ele pertence? Qual o perfil emocional dele? Quais as necessidades?
3 – Trabalhar sua imagem pessoal: aquilo que os outros percebem de você chama-se imagem pessoal. Puxa, o Antonio é tão simpático! Nossa, ele é competente! Como ele resolve problemas de forma tão fácil! Isso tudo são partes da imagem pessoal que alguém passa. Para você ser bem sucedido e poder cobrar o preço que deseja pelo seu trabalho, a sua imagem pessoal deve estar adequada ao que você vende, aos seus clientes e a si mesmo. Este é um trabalho de marketing pessoal.
4 – Finalmente, o último requisito: marketing. Pois é: qual a diferença de marketing pessoal do marketing? O primeiro é feito em torno da sua imagem. Você se vende como profissional. O segundo é feito em torno do seu produto ou serviço. Você vende eles, que estão atreladosà sua imagem.

Voltar ao Brasil não é difícil, e a oportunidade de você enriquecer neste país é tão grande quanto em qualquer lugar. Não é onde você está que faz a diferença, mas simplesmente o que você quer, o quanto você se valoriza e a estratégia que você usa para chegar lá! O Lula que o diga...
Nos próximos posts, falarei mais detalhadamente nestes 4 passos, explicando alguns métodos para você ir “se investigando”, e aprendendo a descobrir seu pontencial, seus sonhos, assumir a si mesmo e transformar sua mente em mente de empreendedor. Abraços!

Alex Possato
Full Life Coach
Consultor de Comunicação e Marketing Pessoal
http://www.nokomando.com.br/



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A briga dos CDs


Se você é brasileiro e mora no exterior, é bem provável que esteja envolvido na estranha mas natural lei natural descoberta por Darwin, que diz: “todo brasileiro em solo estrangeiro reconhece e é imediatamente atraído por outro brasileiro”. Na verdade, não sei se foi Darwin, Sartre ou Romário que descobriu esta lei natural, mas que ela existe, existe. E quando morei no Japão, não poderia deixar de ser diferente: eu sempre estava rodeado de brasileiros e os brasileiros sempre estavam rodeados de mim. Só saía fora quando estava a fim de encontrar uma linda japonesinha ou ficar zen, comigo mesmo. Ou quando dava os rolos, as muvucas... É, talvez você não acredita, mas onde junta um monte de brasileiro também ocorrem confusões.

Uma das confusões que mais me marcaram era a guerra dos CDs. Morávamos num prédio praticamente infestados de brazukas: acho que os japoneses foram bem espertos, em deixar todo mundo junto e bem longe de vizinhos que pudessem se incomodar com o nosso barulho. E haja barulho! Cada apartamento de 40 metros quadrados possuía pelo menos um belo som de última geração – e olha que última geração no Japão significa muito: só falta andar o bicho!

E dá-lhe som. Mas havia uma questão. Eu sou de São Paulo, e aprendi a curtir Beto Guedes, Caetano, Chico e também rock inglês. Nada como um bom Led Zepellin! Para mim... Para meu vizinho da direita, era Chitãozinho e Xororó, Leandro – ainda vivo, e Leonardo, Christian e Ralph e sei lá mais o quê... Do meu lado esquerdo, o povo tinha vindo do norte, e era lambada o tempo todo. Abaixo, estranhos no ninho, dois irmãos peruanos, que curtiam uns sons que iam de rock argentino, como Fito Paez, à pop insuportável japonês. A molecada, que não fedia nem cheirava, era tragada pelo pop comum: dá-lhe Madonna, Roxette, INXS, Phil Collins... Alguns revoltados curtiam Nirvana, Pearl Jeam, os grunges da vida.

Talvez você pense que estou reclamando, querendo dizer que o meu som é mais música que todo o resto... Nein! Nestes anos que lá fiquei, nunca abri tanto minha cabeça musical para sons e músicas diferentes, e hoje, embora continue gostando do Beto Guedes, sei curtir coisas que antes não engolia...

É, Ximbinha também é cultura!


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Tropa de Elite em Berlim, atira no Brasil, atinge os gringos


O filme ta em Berlim, e lá, segundo a crítica, é amado por uns, odiados por outros. Dizem ser fascista, por defender o lado do policial aparentemente honesto, mas que julga, mata, fere e tortura. Dizem o filme ser americanizado, com sua câmera alucinante lembrando algo do Spyke Lee, Cidade de Deus, Tarantino, e daí vai. Não vou discutir estética, primeiro porque não entendo, segundo porque acho um saco discussões estéticas, já que estética depende dos olhos e sensibilidade de quem vê.

Primeiro ponto é pacífico: não existe glamour no filme, e os mocinhos não são bonzinhos, os bandidos muito menos e a classe média aparece como o grande financiador do tráfico. Aí está um ponto interessante: quem é o maior consumidor de drogas do mundo, se não os Estados Unidos e a Europa? E o meio cinematográfico e artístico, incluindo nisto atores, diretores, roteiristas, empresários, músicos, cantores, etc., tanto aqui mas principalmente no exterior, é costumeiramente um berço esplêndido de pó branco, êxtase e pílulas. Não esqueço a cena que vi recentemente da extraordinária cantora Amy Winehouse sair do palco, demorar um ou dois minutos e voltar limpando o nariz com as costas das mãos. É, nossa linda juventude européia e americana, enfiada até a laringe no pó produzido na Colômbia, comercializado pelo Brasil e vendido no primeiro mundo. Então posso dizer com toda a segurança do mundo: este filme está incomodando e muito os gringos. Porque eles sabem que estão financiando o tráfico. Não é só a classe média brasileira – mas, proporcionalmente, é muito maior o consumo fora daqui. Na realidade, brasileiro se entope de pinga. Só bacana usa pó. E no primeiro mundo? Consome-se pó e tudo o mais que o dinheiro pode pagar. E não estão nem aí se morre neguinho no morro, se a situação corrompe não só polícia, mas políticos, médicos, empresários e tudo o mais que anda junto com o tráfico. Porque está aqui, no Brasil, e não na Europa. Isto não é apologia nem contra nem a favor das drogas, do Brasil ou da Europa. É uma apologia contra a hipocrisia de achar que, como o meu jardim está bonito, não tenho nada a ver com o do vizinho, onde, na calada da noite, despejo os restos do esgoto que sobra em casa...

É amigo, é osso duro de roer...

Aprender a manifestar sua opinião? O segredo é auto-estima!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Punks e tribos estranhas



Rolava o ano de 1993. Eu, calmamente andando por Nagoya, capital da província de Aichi, Japão, subitamente fui surpreendido por uma imagem espantosa: um jovem japonês, completamente vestido de preto e tarrachas, com um cabelo moicano de talvez 20 centímetros de altura. Ele vinha caminhando, e seu andar não era de punk, mas de japonês mesmo. E sorria um riso desafiador, de saber-se diferente numa terra de iguais. Sid Vicious ficaria de cabelo em pé, literalmente, ao ver os punks japoneses.

Brasil, anos 80

Somos filhos e netos da revolução, geração coca-cola. Papai curtia tropicalistas e bossa nova, e nós paralamas e legião. O movimento punk praticamente inexistiu no Brasil. A ditadura não permitiria, e como a censura era brava, ficou difícil entrar Sex Pistols e amigos. Talvez o gosto musical brasileiro também não estivesse muito a fim de três acordes martelados por uma bateria enfurecida e vozes beirando ao desafino. Fato é que, até os anos 80, a coisa mais rebelde que rolou aqui era o movimento hippie e suas variantes mutantes, num balaio de gato que ia de Raul a Secos e Molhados. Entender o punk e os jovens ingleses e alemães que se influenciaram por este movimento é um exercício e tanto.

Punks ingleses e alemães

Estes são os punks de verdade, pelo menos os que fundaram o conceito e pregaram a anarquia. Não ao trabalho, não ao governo, não às instituições, não ao moralismo, não às regras, não à estética. Os amigos que vivem na Inglaterra e Alemanha ainda encontram remanescentes deste grupo que, apesar de parecerem nocivos e perigosos, eram, geralmente, tranqüilos e pacíficos. Punk nasceu da falta de perspectiva e relativa miséria que a classe operária inglesa passava nos anos 70, palco de crises intermináveis. Um punk legítimo não trabalhava, usava drogas em excesso, transava a vontade, pedia dinheiro nas ruas, morava em casarões e prédios abandonados. Era necessário coragem para ser um punk legítimo, assim como era necessário coragem para ser um hippie legítimo.

O punk foi filho de uma sociedade que se modernizou, enriqueceu, deu oportunidade para quase todos, seguro e benefícios sociais, e mesmo assim era desumanizada.

Nós, brasileiros que vamos para o exterior, logo percebemos que, no primeiro mundo, temos segurança, benefícios, dinheiro no bolso e possibilidades de comprar as modernas bugigangas. E logo percebemos que isto não completa a nossa existência. Virar punk é uma solução à este vazio? Depende de cada um. Mas deixo uma pergunta ao amigo que lê estas linhas. Se a segurança do primeiro mundo não completa o vazio existencial que sentimos, o que completaria?


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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Emoções que despertam no exterior


Emocionalmente, todo homem busca o acolhimento, o conforto do lar, o aconchego dos braços amigos. O sentimento de rejeição, de não ter sido suficientemente amado, é um lugar-comum em consultórios de terapeutas e psicólogos. Porém, quando você está na sua zona de conforto, o local onde você sabe dominar, reconhece os limites, entende as regras sociais, sabe também de seus medos, este vazio interior, a dor de não ter sido melhor cuidado pela mamãe, preterido pelo papai, é contornada. Você tem amigos, lugares onde pode relaxar, paisagens que lhe lembram bons momentos, e tudo isso torna suportável esta dor.

Mas... e no exterior? O que acontece? Bem, de maneira geral, todos sentem este vazio. Uns mais, outros menos. E isto é claro: não temos mais os braços dos amigos, nem aquele lugarzinho especial para se encostar. Não entendemos as atitudes dos locais e eles tampouco entendem a nossa. As vezes, se temos o marido ou a esposa, e eles são igualmente brasileiros, temos a possibilidade de nos apoiarmos mutuamente... Mas as vezes o marido não entende... Sabia que homem é uma pedra pra perceber sentimentos? Pois é! A maioria... E se o casal for misto, brasuca e gringo, as vezes fica mais complicado de se entender. O cara, que é gringo, quer fazer de tudo pra esposa se sentir bem, mas ele só pode fazer aquilo que ele percebe. Geralmente miramos naquilo que vemos: por exemplo, o gringo pode pensar que a tristeza é falta de guaraná, café do ponto e feijoada. E toca ele a comprar um monte de enlatados brasileiros! Tenta mostrar as belezas do local, e as coisas que ele considera maravilhosas da região. E não é muito bem sucedido... a tristeza e o vazio continuam. Como lidar com ela?

Vou contar um segredinho: se na superfície temos inúmeras dificuldades de lidar com outras pessoas no exterior, por não entender hábitos, costumes, formas de pensar, no íntimo é muito fácil. Sabe por quê? O que eu falei acima, do vazio, da carência afetiva, da sensação que nossos pais não foram suficientes para nós, serve tanto para um brasileiro como para um chinês. O exterior nos desafia a encarar estas dores com mais seriedade, afinal, queremos viver bem e felizes, não é? E tanto o gringo quanto nós, brasileiros, temos necessidade de preencher este vazio. Não com guaraná, mas com sinceridade. Olhar o passado, perceber quem foram nossos pais, entender que eles fizeram o máximo que eles podiam, dentro do limite deles, é curativo. Olha: e se eles não fizeram nada, e você tem muita mágoa, mesmo assim, eles deram a vida. Ninguém mais poderia fazer isso, a não ser eles. Experimente sentir com o coração a vida que você tem, e transcenda os conceitos de como deveria ser um pai ou mãe..


Um pai já deu tudo o que podia dar ao filho, na hora do nascimento. Entenda o significado da famiília através da Constelação Familiar Sistêmica, e transforme sua vida! Clique aqui!



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Imagem do Brasil


Vou aproveitar para falar um pouco sobre imagem do Brasil no exterior. Adoro falar sobre imagem, porque acho que a imagem é tudo, como diz a propaganda. Trabalho com imagem pessoal, e posso dizer que a imagem que alguém transmite ao outro é exatamente o quanto ele se considera capaz, competente, importante. É, é necessário um pouco de arrogância, e isto é maravilhoso. Imagine quem seria Jesus, se ele não falasse, com todas as letras, que era o filho de Deus? Isso sem entrar nos méritos da descendência dele... As pessoas compram imagem, e não exatamente capacidade. Mas, para alguém passar uma imagem de capaz, ele mesmo tem que sentir capaz... mesmo não sendo. Não é louco, isso? Porém, é isso mesmo que acontece. Quem disse que o Bush é capaz? Quem diz que o Ronaldinho é o Fenômeno? Quem fala que a Gisele é a maior top model? A princípio de conversa, eles mesmos.

Lula só conseguiu se eleger quando deu um trato na imagem.

Bem, e falando da imagem de um país, parece mais complexo, porque se trata do que milhões de pessoas entendem como é o país que ele mora. A tendência da maioria dos imigrantes brasileiros que saíram em busca de oportunidades para o exterior, é ver o Brasil como um país de poucas oportunidades financeiras... acho que isso é óbvio. Mas será que é realidade? As pesquisas demonstram que o Brasil é, depois dos EUA, o país com maior grau de empreendedorismo do planeta. Mas este é um argumento ainda pouco valorizado no país. O que um brasileiro valoriza, em seu país? A natureza, a beleza das pessoas, a comunicação e simpatia... E o que o brasileiro reclama: geralmente dos hábitos (falar alto, falta de respeito com o patrimônio público, da violência, corrupção, dificuldades financeiras). E é exatamente esta a imagem que o Brasil recebe no exterior: um país bonito, exótico, mas cheio de problemas.

É importante dizer: imagem nunca é a realidade total, mas sim aquilo que comentamos, falamos, expomos, divulgamos. E na opinião deste blog, o Brasil possui aspectos que podem e devem ser valorizados, além da beleza natural.... Pode ter certeza que se esta valorização partir do próprio brasileiro, para fora, a imagem que o país tem no exterior mudará em pouco tempo.

Nos próximos posts estaremos colocando mais dados que podem servir de apoio a este argumento: índices de crescimento, redução das taxas de violência, investimento externo, lucro da empresas, redução da mortalidade infantil, etc.

E você, qual é a sua imagem do Brasil?

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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Brasileiro é racista!


Isso se passou com uma pessoa muito próxima a mim. Ela é francesa e mora no Brasil há anos. Talvez vocês que moram na Europa, principalmente na França e Alemanha, já tenham percebido a vontade que os nativos daí tem de entrar numa discussão, provocar um bate-boca, trocar idéias num ritmo alucinado. Nossa, como eles gostam de mostrar o que pensam! Vivi isso até com minha esposa, que é alemã. Bem, o caso é que esta francesa adora fazer isso... mas aqui no Brasil. Brasileiro odeia entrar em discussão, busca sempre colocar “panos-quentes”, é polido, não fala sua própria opinião por medo de ofender... Bem, culturas diferentes.

A minha amiga discute tudo: política, moda, jeito de viver, conhecimento, filosofia, banalidades. Bennn... non concordo... E daí vem! Resultado: ela vem e as pessoas falam: xi! Sai fora que a gringa “crica” ta chegando. A ponto dela dizer: brrrasilerrro é tudo raccisssta!!! Non gosta de estrrrangeirrro!

E você que vive aí fora? Já teve alguma experiência de se ver confrontado por um gringo, que sempre quer mostrar o que pensa? Sentiu-se ofendido? Conte a sua história também! Eu, particularmente, demorei muito para entender que este jeito “europeu” de ser não era para mostrar que eu estava errado, uma provocação, mas somente uma coisa cultural. E você? Qual é a sua experiência?

nokomando-desenvolvimento pessoal


Um blog bem bacana de e para dekasseguis


Olá, pessoal! Nas minhas navegações interneteiras por aí, acabei descobrindo um blog de uma brasileira que morou no Japão, é jornalista e coloca bastante matérias legais. O link sobre "japoneses preferem bonecas" é o máximo! Primeiro, achei que era sobre travestis. Depois, pensei que era sobre brinquedo. Vale a pena conferir. Japonês é tudo doido! Acessem o blog!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Minha vida no Japão, em livro grátis!


É verdade! Escrevi o livro Dekassegui: ida e volta de um imigrante brasileiro ao Japão, e estou disponibilizando ele para baixar, gratuitamente! Como foi, os "causos" e a volta... e um pouquinho dos 13 anos depois... Será que vale a pena sair do Brasil? Será que vale a pena voltar? Baixe ele, e depois opine! Abraços.

Clique aqui para acessar a área de download.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A motivação do imigrante


É lógico que você vê o sair do país como solução, seja para os problemas econômicos, seja pra busca de aventura, ou quem sabe um novo relacionamento. Sempre é melhor fazer algo, que não fazer. E as pessoas que têm coragem de sair do próprio país, abandonando sua cultura, hábitos, família, amigos, e se aventurando em algo totalmente novo, merecem a minha admiração e apoio.
A questão que eu quero explicar não é tão complicada: o que é que faz alguém sair da sua zona de conforto, a segurança do lugar conhecido e se aventurar no estranho? De maneira geral, é fugindo da dor ou em busca da satisfação, do prazer. As vezes, os dois elementos estão juntos. Como a mente humana opta somente por uma direção, uma razão, um objetivo, é muito importante para você, imigrante, ou futuro imigrante, saber se você está fugindo dos problemas (financeiros, familiares, de relacionamento, de auto-estima) ou está buscando oportunidades para o sucesso.
Isto é o que irá definir o seu futuro, tanto num país estrangeiro, como na volta ao Brasil. Veja bem: fugir das dívidas não quer dizer buscar riquezas. Fugir da não aceitação, seja da família ou de parceiros, não quer dizer bons relacionamentos. Embora seja um elemento motivador, a dor e o desespero diante de uma situação, em algum momento deverá ser trocado pela motivação que também trás alegria, prazer e realização. Esta motivação significa querer o máximo de prazer, de grana, de conforto, de amizades, de amor... Caso contrário, você até poderá encontrar um bom parceiro, mas não se realizará emocionalmente porque, simplesmente, não está buscando isto. Se você não busca uma flor num supermercado, nem irá notar a seção das plantas, não é mesmo? A mesma coisa serve para quem busca fugir das dívidas e da falta de dinheiro. Estará sempre achando que não tem dinheiro, porque não está buscando a riqueza, mas sim, estar longe do fracasso. Uma coisa não tem nada a ver com outra. A pessoa que olha o fracasso, fica cega diante de oportunidades, e inclusive rejeita-as, porque elas não fazem parte da sua busca. Para estar longe do fracasso, você deve ter o fracasso bem claro, próximo de você, para que você então se coloque numa distância segura. É como buscar não ser mordido por cães bravos. A toda hora que você ver um cachorro, você estará vendo o momento que ele poderá parecer que irá atacá-lo, na sua imaginação. Enquanto isso, o seu amigo que ofereceu uma sociedade num canil de cães de raça, é esquecido. Oportunidade? Não!
Amigo, amiga imigrante. Pode ser que você tenha escolhido sair do país porque alguma coisa no Brasil não estava dando certo. Nada de errado com isso. A coisa é: não persista com o foco naquilo que não está dando certo. Queira o melhor pra você! Se ganha mais que no Brasil, não importa! Ganhe 10, 100 vezes mais! Olhe o padrão do lugar onde você vive, ou irá viver. E multiplique isto por 100! Não se compare por baixo. Olhe os que estão acima, veja o que eles fizeram para alcançar tal patamar, invista em você e vá atrás! Você pode! Você merece!
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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pra mostrar que no Brasil não tem só cobra!!!

Se você passa o sufoco que eu passei, aí no estrangeiro, pra explicar pra gringo que o Brasil é mais que cobra, bunda e índio, mostra pra eles este videozinho legal!

Confusão num mercado japonês!


Não tinha nada pra fazer, resolvi dar uma volta. A F. Tech. era perto, e pelo barulho das máquinas, havia serviço. De longe, observei que o terreno ocupado pela fábrica era grande, portanto, deveria haver muitos funcionários. Todos os que entravam ou saíam vestiam o indefectível uniforme branco e boné azul. Continuei. Na rua, não havia ninguém, e mesmo os carros eram escassos. No caminho até o super-mercado, eu tinha a impressão de que todos os motoristas que passavam ficavam me observando, como se eu carregasse uma placa escrita - estrangeiro. Ingressei numa rua larga, arborizada, e dei de cara com a porta. O comércio costuma abrir após as dez da manhã. O supa (super-mercado) chamava-se Well-Mart, uma rede espalhada por várias cidades da região. No inglês nipônico, lê-se mais ou menos assim: uéro-máato.
Voltei mais tarde, e com a experiência de um mês em Okinawa, fui desbravando as prateleiras misteriosas, cheias de armadilhas e surpresas. O café solúvel Nescafé foi fácil identificar. Já o açúcar do sal, embalagem quase idêntica, estava difícil: comprei uma de cada. Macarrão, massa de tomate, cebola, alho, pouco a pouco fui pegando o jeito da coisa. Até achei uma preciosidade: abobrinha, grande e bonita. Preparei meu cardápio: arroz, abobrinha refogada, carne - vendida em fatias como se fosse presunto - e uma fruta de sobremesa. Qual não foi minha surpresa quando, após a primeira facada na "abobrinha", ela começou a minar água. Será uma melão? Observei com maior atenção e descobri que a danada não passava de um pepino, sem graça, sem gosto. Cardápio alterado: salada de pepino no lugar da abobrinha.
Esta foi uma das primeiras "abobrinhas" que cometi. Principalmente por não entender o que está escrito nas embalagens, muitas vezes compramos gato por lebre. Certa época, fui comprar uma capa de chuva, dessas que motoqueiros usam - acabei adquirindo a parte de baixo, a calça. A parte de cima era vendida separadamente...


Alex no Japão


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Adaptação num país estrangeiro


O processo de adaptação num país estrangeiro pode ser fácil ou difícil, e quem escolhe somos... adivinhe quem? É, nós mesmos... Como eu posso dizer isso? Será que não existe país mais difícil que outro, povos com hábitos muito diferentes e complicados?
Para responder isso, vou dar uma rápida explicação de como funciona a mente. Quando você nasceu, sua mente veio zerada, e a única coisa instalada era o sistema operacional. Você chorava porque tinha fome, olhava, ouvia, pegava, lambia, e não entendia nada. Seus órgãos internos funcionam sem você precisar pensar nisso. É igual um computador: funciona, mas sem software, nada feito!
E aí, o que acontece? A primeira coisa é a mamãe e o papai falando: Ricardinho, que bonitinho! E você percebe, depois de algum tempo, que esse tal de Ricardinho é você! E aí começam a instalar os programas na sua mente. A língua que você fala é um programa. Como você come, se veste, se relaciona, é outro. O que é amizade, relacionamento, harmonia, tudo são programas. E cada cultura tem seus programas diferentes. Não existe cultura certa e cultura errada: todas elas, simplesmente, são diferentes.

Para um brasileiro, fatores como “estar em grupo”, “fazer barulho”, “falar enquanto come”, “vestir-se a vontade”, “mostrar carinho através de beijos, toques e abraços”, e muitos outros hábitos fazem parte da cultura dele, mas não é necessariamente parte da cultura de outros povos. Em alguns países, é comum falar gritando ao outro, e não significa briga ou desrespeito. No Japão, por exemplo, as ordens de chefes são passadas, geralmente, com rispidez, e devem ser respondidas somente com um “sim”... Já imaginou o brasileiro: “mas... chefinho... será que não dá pra fazer de outro jeito?”.
Fato é que, se queremos tornarmos adaptados rapidamente, é importante entender, valorizar e até assumir parte da cultura local. Pessoas diferentes, instintivamente, provocam receio nos outros. O ser humano busca “os iguais”, aqueles que aparentemente não causariam perigo. Por isso que, quando vemos na rua alguém muito esquisito, vestido de forma estranha e agindo de forma não comum, a tendência é nos afastar: a mente humana está programada para proteger o próprio corpo! Isso é muito interessante e é assim no mundo inteiro!
A regra básica é: quem se adapta ao país do outro é o imigrante – não o contrário. Pode parecer simples, mas quando estamos lá no meio de gente estranha com língua esquisita, e percebemos que eles não entendem e não aceitam nossos hábitos (nossos programas mentais) e nós nos sentimos confrontados com os hábitos deles – e isso provoca medo, a coisa pode não ser tão simples.
A boa notícia é que podemos instalar, desinstalar e reinstalar programas na nossa cabeça, na hora que quisermos, do jeito que acharmos melhor!
Abraços (aos brasileiros). Reverências (aos japoneses) Beijo na bochecha (aos russos)!


quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A minha volta


Estávamos em julho de 94, mais precisamente, 22 de julho. Três anos de trabalho ininterrupto, sem férias, eu queria mais era chegar ao Brasil, ver a Copa e, se Deus quizesse (Ele quis!), comemorar o tetra com os amigos, muita cerveja, rouquidão e ressaca.
Meu vôo era da Korean Air Lines, mais barato, com duas escalas aprazíveis na Coréia (báh!), cinco horas de espera, depois Los Angeles e, Brasil! A primeira coisa que reparei quando entrei no avião, como sempre faço, foi nas aeromoças. Bonitas, as coreanas também tinham um corpo, digamos, mais cheio do que as japonesas, o rosto, oriental, é claro, tinham outras características que só aprendemos a distinguir quando convivemos muito tempo entre asiáticos. Esta história que japonês é tudo igual, coreanos, chineses, vietnamitas, etc. são a mesma coisa, é para ocidental mau observador. Entre um bem-vindo e outro, fui procurando meu assento na classe econômica, completamente lotada. Coreanos, alguns americanos e vários brasileiros dividiam democraticamente cada espaço, preparando-se para a viagem de 25 horas ou mais.
Qual não foi minha surpresa ao descobrir que o meu lugar estava ocupado. Gentilmente, solicitei à senhora loira que caísse fora, porque eu queria sentar e descansar um pouco, após tanta correria. Corinne, era este o nome da peça, não quiz sair. Americana de Cornejo Valley, Califórnia, psicóloga escolar, presumíveis 55 anos, desgastada pelo tempo, falava pelos cotovelos. Tal qual uma vendedora dessas bem chatas, explicou-me não haver diferença entre eu sentar no lugar que deveria ser meu ou sentar ao seu lado, bater um papo, conhecer as suas mil e uma aventuras, tomar uma cerveja e curtir a viagem. Acabou me convencendo - eu já não tinha saco para ficar discutindo e, além disso, porque deveria brigar para ficar no meu assento, quando poderia ficar ao seu lado, bater um papo, conhecer as suas mil e uma aventuras, tomar uma cerveja e curtir a viagem? Num inglês sofrível, fui me virando, explicando um pouco da minha vida mas, sobretudo, perguntando sobre a vida dela.
- Já fui à África, Japão duas vezes, alguns países da Ásia também, Índia...
- E o que você fazia nestes países?
- Eu gosto de conhecer o mundo, culturas diferentes, é uma terapia para mim.
- Vai ficar em Los Angeles?
- Não, vou ao Brasil.
- É a primeira vez?
- Não, estou indo pela segunda vez. Tenho uns amigos em São Paulo e vou aproveitar para passear.
O papo ia rolando, ela não parava de falar, pra descontrair um pouco mais resolvi pedir uma cerveja. Quem me atendeu foi uma comissária lindíssima, morena, um corpo perfeito, sorriso permanente e hipnótico, pele ligeiramente bronzeada, um T.
- Can I help you?
Será que ela é brasileira? Vamos testar.
- Eu quero uma cerveja.
- Ah, você é brasileiro?, perguntou com uma simpatia que fazia estremecer os botões da calça.
A partir deste momento, periodicamente, mesmo sem eu pedir, ela ia abastecendo meu organismo de álcool, infelizmente, com as aguadas cervejas americanas. Corine gostou da idéia. Demonstrando ou querendo demonstrar um refinamento especial, pedia somente vinho branco. Oba, uma companheira de copo! Que nada! Enquanto eu tomava uma lata de cerveja, ela matava duas taças de vinho e desandava a falar mais e mais. Várias doses após, começou a falar enrolado, mas aguentava firme. Dorme, condenada! Ela não dormia. A solução foi eu fingir que estava dormindo, uma maneira de dar um descanso aos meus pobres ouvidos. Meu estratagema deu resultado: fingi tanto que acabei adormecendo.
Entre acordar, dormir, ir ao banheiro e pedir cervejas, o tempo passou rapidamente, até Los Angeles. Nesta cidade desembarcaram várias pessoas, como também embarcaram muitas outras. Mais brasileiros invadiram o avião, desta vez compatriotas que se aventuravam nos States. Ao meu lado sentou-se um tal de Miro, médico recém-formado, premiado pelo pai com uma viagem para os Estados Unidos, um mês em homenagem ao seu diploma.
Contou-me que cruzara os Estados Unidos de leste a oeste, Oceano Atlântico até Oceano Pacífico, dentro de um carro, parando nas várias cidades do caminho.
- E não foi caro?, perguntei, procurando sondar as suas fontes de renda.
- É verdade, saiu um pouco caro, tanto é que acabou o dinheiro na metade da viagem.
- E como você fez?
- A minha sorte foi o meu tio ter deixado seu cartão de crédito comigo, gastei a maior grana.
Percebi qual era a situação do meu conterrâneo. Não que ter família rica seja mal, pelo contrário, o problema é constatar a desigualdade gritante existente entre as diversas classes sociais da nossa pátria, uns deitados eternamente em berço esplêndido e outros desafiando o peito a própria morte. O vírus esquerdista que havia me picado na adolescência não me abandonara após minha jornada num país de primeiro-mundo, onde, apesar do estilo de vida ser em grande parte contrário aos meus princípios de liberdade, trabalho, lazer, vida enfim, possibilita uma coisa praticamente esquecida em grande parte do mundo: o direito de vivermos razoavelmente bem com o dinheiro conquistado pelo nosso trabalho.
Corinne não estava interessada em filosofia, proletariado, Marx, Smith, nada. Seu objetivo exclusivo era me atazanar a paciência. Depois de trocentas taças de vinho, ela agora falava pelos dois cotovelos, estava insuportável. O cúmulo foi quando ela começou a me agarrar. Se fosse a gatíssima da aeromoça brasileira, tudo bem, não haveria problemas, afinal de contas eu também sou humano, mas uma velha cachaceira, dizendo-me kiss-me, kiss-me, sai pra lá, jaburu! A minha sorte foi ter aparecido mais pessoas em nosso grupo internacional, todos admirados com a facilidade com que conseguíamos cerveja, sempre em maior quantidade que a necessária. Alguns brasileiros, um americano surfista, encantado com a beleza da sua namorada tupiniquim, pois resolvera trocar as ondas da Califórnia pelas de Santa Catarina e, lógico, ficar com sua deusa, no total eram mais pessoas que o número de assentos. Solução: vamos todos sentar no chão. Ufa! Me desvencilhei da gringa e ainda por cima poderia desfrutar da beleza encantadora da jovem comissária. Pode parecer estranho esta minha fascinação, afinal o Brasil é um país privilegiado em termos de mulheres. No entanto, pense bem: três anos no Japão, convivendo com japonesas que não satisfazem meu conceito de beleza, algumas brasileiras bonitas, mas a maioria descendente, enfim, estava na carência das nossas fogosas e gostosas morenas.
A perspectiva de pisar em nossa terra me deixava agitado e me impediu de dormir. Além disso, o papo estava animado, nós todos esparramados pelo corredor do Boing 747, impedindo a passagem das pessoas que procuravam os banheiros, bem ao nosso lado, tudo é festa onde há brasileiros. Em certo ponto, havia o receio de estranhar o rítmo de vida, a violência, o trânsito, a poluição, o desemprego, a inflação, porém nada disso importava no momento.
- Mais uma cerveja!
- Duas!
- Três!
- Muitas!
A aeromoça trazia cervejas numa bandeja, geralmente destinada às refeições e, ainda por cima, servia amendoins, batatas fritas e outros salgadinhos, sempre preocupada com o nosso bem-estar, mesmo isto representando o mal-estar dos outros quatrocentos passageiros.
Eram sete e pouco da manhã quando o avião começou a fazer a aproximação. Guarulhos não mudara muito: favelas próximas ao aeroporto, o Bairro da Pimenta continuava no mesmo lugar, a terra meio avermelhada não mudara de cor, casas a se perder de vista, o nevoeiro em dissipação ainda encobria aqui e acolá. Rodamos, rodamos e rodamos o aeroporto até eu ouvir aquele som sempre causador de um ligeiro estremecimento no meu estômago, o som das rodas tocando a pista. Na maior parte das vezes, o estremecimento é o temor de algum acidente, porém, naquele instante, era de alegria, intensa alegria. É indescritível a sensação de regressarmos ao país que aprendemos a amar, principalmente depois de alguns anos distante, longe de fatos marcantes para a história nacional, como a queda do presidente escorraçado, a morte do Senna, mais uma mudança de moeda, a chacina do Carandiru e da Candelária, a intensa mobilização da Campanha pela Cidadania, tudo isto acompanhado de muito longe.
Vou bater na mesma tecla do lugar-comum: a saudade mesmo era do calor-humano do povo brasileiro. Poucos minutos após o desembarque pude atestar tal adjetivo. Fui cordialmente recepcionado pela Polícia Federal encarregada da Alfândega, como é de praxe, diga-se de passagem, e após duas horas, fui liberado. Agradeci gentilmente a cortesia e ainda por cima colaborei com a campanha em prol dos meninos carentes do principado de Mônaco, deixando a razoável quantia de quinhentos dólares. Tudo pelo social, pensei.
Isto é Brasil, mas eu não troco por nada.
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Discriminação ou hábitos diferentes?


Lá pelos idos dos anos 90, época do glorioso plano real, que me deu um tiro no pé ao equiparar o dólar com o real, eu morava no Japão. País curioso, pequeno, com alto índice demográfico, terra natal de meus avós maternos. Na época, cerca de 140 mil brasileiros habitavam o país do sol nascente, em busca de guardar uma graninha e fazer o seu pé-de-meia. Eu era um deles, embora estivesse também buscando um caminho pessoal de auto-conhecimento, uma espécie de busca interior.
Muitos dos meus colegas reclamavam de discriminação. Sentiam-se ofendidos profundamente porque, muitas vezes, os japoneses não olhavam na nossa cara. Era comum um morador da cidade, ao ver estrangeiros, atravessar a rua para não cruzar do mesmo lado. Também já tive a oportunidade de ser seguido por seguranças durante todo o período que estivemos dentro de um shopping.

Mas tudo tem dois lados. Os mesmos colegas que reclamavam da discriminação, não viam que os hábitos brasileiros, algumas vezes, ofendiam profundamente a população local. Por exemplo, beijos em público, lá é considerado imoral, principalmente nas cidades do interior. Diziam: ah, mas beijar é normal! Sim, claro, normal para nós, brasileiros – mas não para os japoneses! Da mesma forma, andar hoje com uma latinha de cerveja na mão, em São Paulo, é normal; porém, andar com bebida aparente nos Estados Unidos é crime.
Outra coisa que perturbava muito os nipônicos era o nosso costume de se reunir em grandes grupos, beber e conversar em volume de voz muito alto, isto quando não rolava um sonzinho... O japonês fala pouco e fala baixo. E quando permite-se falar alto e ficar bêbado, é em ambientes apropriados, que eles chamam de sunako, e também nos karaokês. Outra coisa que dava briga: não saber separar os lixos. Vi até protesto de lixeiros japoneses, recusando-se a recolher o lixo de casas e prédios onde haviam brasileiros.

Uma coisa é certa: de certa forma, os japoneses desejavam hóspedes que se comportassem exatamente como eles... e isto é impossível. E por outro lado, muitos brasileiros agiam como se estivessem no Brasil, portando-se como um visitante inconveniente, provocando retaliações. Falar a verdade, nunca vi discriminação que beirasse à xenofobia, como se verificou recentemente com os africanos na França, ou como ocorre com alguns grupos minoritários que são atacados na Alemanha. E mesmo nestes países onde existem grupos de extrema-direita mais radicais, com certeza é possível viver, trabalhar, educar-se e aprender com a cultura local. Em todos os lugares é possível conhecer pessoas simpáticas, agradáveis, gentis. E em todos os lugares também podem ocorrer problemas.
No meu trabalho de consultoria, gosto sempre de enfatizar aos clientes a necessidade de se focar naquilo que se quer, nas metas, nos projetos, nos sonhos. O foco nos problemas – muitas vezes amplificados por crenças distorcidas e irreais – só leva à perda de energia e preocupações desnecessárias. Em programação neurolingüística existe um pressuposto que diz: se é possível para um, é possível para todos. Gosto muito desta frase e acredito plenamente nela! Se um único estrangeiro consegue se adaptar num lugar estranho, qualquer um é capaz. É nisso que devemos nos focar!
Abraços!


sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Uma pílula de eumebancol!


Lembro-me como o sentimento de orgulho pelo Brasil fica quintuplicado, quando morei no exterior. Cada bandeira brasileira tremulando num canto qualquer provocava lágrimas nos olhos. O hino nacional, então, nem se fala! Somente fora valorizamos o país sensacional e maravilhoso que temos.
Mas... daí... voltamos. E... o que acontece? Entramos no papo dos brasileiros que aqui estão: o país não presta, só tem corrupto, isso aqui nunca vai dar certo, sem jeitinho não anda... Sabe, amigo, amiga: isso é papo de gente derrotada. Pessoas que não confiam em si. Quando estamos no exterior, só podemos confiar em nós mesmos. As circunstâncias não são as melhores para nós, brazukas: língua estranha, cultura muitas vezes incompreensível, hábitos esquisitos, discriminação, trabalho duro, clima complicado, distância, saudade, medo, emoções a flor da pele... e sobrevivemos! Com muita raça, com muita vontade, passando por cima de tudo, porque, afinal, não tem outra alternativa.
Mas ao chegar no Brasil, parece que nos aplicam uma injeção dupla de conformol e reclamol. E aquele remédio que é útil no exterior e também no nosso país fica esquecido na prateleira: eumevirol e eumebancol! Convenhamos: governo nenhum pode levar a gente no colo. Minha esposa é alemã, e o sistema social da deutchland é coisa de babar. Mas... ta duro pro governo manter um monte de carinha encostado nas barbas do serviço social. Uma amiga da minha mulher vive somente da ajuda social: paga aluguel, não faz nada, enrola quando o governo indica trabalhos e cursos para ela fazer, viaja todo ano para a América do Sul, ta com mais de trinta anos de idade...
Não quero dizer que serviço social é ruim, nem que o descaso no Brasil é uma maravilha. Falo sempre em relação ao que motiva as pessoas, o que levanta a auto-estima, e esmola não levanta auto-estima de ninguém.
Vou ser bem claro: no dia que colocamos na cabeça que, se não der certo aquilo que eu quero, o governo, a assistência social, a aposentadoria ou seja lá o que for me bancará, acabou! Estou ferrado! No fundo, a amanhã não existe, não tem nenhum sentido, se eu não estou fazendo tudo o que posso agora. Seja no exterior, seja no Brasil. E esta é a única coisa a ser feita. Garantia de sucesso? Bem, não temos garantia nem de que estaremos vivos nos próximos minutos. A única garantia que podemos ter é que, pelo menos, estes minutos estão sendo vividos no máximo da minha potencialidade. Se os céus permitirem que eu viva muito, imagine o que será da minha vida, vivida no máximo cada minuto? Será que não vai ser um sucesso?
Abraços!

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Ir pro exterior? Pra quê?


Você está pensando em sair do Brasil? Já saiu? E como é esta sensação de largar o seu país? Qual a motivação que leva você?
Acho que é lógico que a maior delas é a parte financeira: ganha-se muito melhor no exterior que no Brasil. Tem gente que também vai pra estudar, se aperfeiçoar, aprender uma língua ou, simplesmente, viver uma aventura!
Como tudo na vida, você deve ter uma forte razão para decidir os rumos que tomará, ainda mais no caso de uma decisão que envolve deixar o país, amigos, família, hábitos, lugares conhecidos, por um outro completamente estranho. Que tal organizar um pouco as idéias? Tanto você que quer ir para fora, como para quem já está no exterior, deve estar bem claro o que você quer conquistar. E isso se faz com algumas perguntas-chave, que é bom responder:

1 – O que eu quero conquistar fora? (foque-se na conquista, não nos problemas)
2 – Quanto quero ganhar? (chute o mais alto possível)
3 – Quanto tempo quero ficar? (ou até: quanto tempo agüento ficar?)
4 – Quanto dinheiro vou trazer do exterior?
5 – O que estou disposto a me arriscar para conseguir este dinheiro?
6 – Quais atitudes que possuo me apóiam nos meus objetivos?
7 – Quais atitudes preciso trabalhar melhor em mim?
8 – Sei a língua do país? Quero saber? Em quanto tempo?
9 – O que pode fazer eu mudar de idéia e abandonar meus planos?
10 – O quanto estou disposto a manter meus objetivos?
11 – O que posso fazer para tornar a saudade menos aguda?
12 – O que faço para fortalecer o meu lado emocional? O que estou disposto a fazer?
13 – Quem são as pessoas que me dão força? Como vou estar em contato com elas?
14 – Quem são as pessoas que me perturbam? Como vou deixá-las a uma distância que não me atrapalhe?

Todo planejamento passa por escrever. E um bom planejamento se faz com muitas perguntas. A pessoa sábia é aquela que não tem medo de perguntar nem aos outros, nem a si mesmo. A pessoa limitada é aquela que só tem certezas. No exterior, muitas das nossas certezas caem por terra abaixo. Por isso, saber lidar com a incerteza, questionando bastante e aceitando as dúvidas como realidade, ajuda fundamentalmente o estrangeiro a viver melhor num país estranho. Até a próxima!

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Bem-vindo, brazuka!

É com muito prazer que inicio este papo com você. Um dia eu estive aí fora, e sei a barra que é isso. Saudade, uma discriminaçãozinha aqui e ali, economizar, não entender o povo, não ser entendido. Mas o legal é que você sai muito mais forte desse experiência.
Eu saí. Convivo com um monte de gente que também cresceu muito, mas muito mesmo, aí no exterior. E voltaram. E fizeram a vida. E criaram família, montaram negócios. As vezes deu certo, outras vezes não, como tudo na vida. Só com um detalhe: o cara que viveu fora do país fica escolado, calejado, tá pronto para o que der e vier, e enfrenta com o peito erguido todos os pepinos que ocorrem na volta.
Sabe qual o meu objetivo, com este blog? Dar pra você dicas, motivação, esperança, humor, um papinho de quem esteve aí e está aqui, e hoje trabalha como consultor e coach de desenvolvimento pessoal! Muito do que faço hoje, aprendi aí fora! O resto, é vida! Abraços!